Aguardamos doses do PNI para cumprir calendário, diz secretário de Saúde de SP
Jean Gorinchteyn afirmou à CNN que estado planeja entregar 5 milhões de imunizantes ao PNI até sexta-feira (18)
Em entrevista à CNN, o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, reafirmou as previsões do calendário de vacinação contra Covid-19 no estado. No domingo (13), o governador de São Paulo, João Doria, informou que até 15 de setembro todos os adultos sem comorbidades residentes do estado estarão vacinados com ao menos uma dose.
Gorinchteyn admitiu que o cronograma depende da distribuição das doses pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), mas garantiu que o estado tem capacidade de cumprir o anunciado por Doria.
“Nós, obviamente, aguardamos as doses que estão sendo disponibilizadas pelo Ministério da Saúde para realizar esse programa vacinal, mas nós também temos as vacinas do Butantan que estão sendo entregues [ao PNI]”, disse.
O secretário informou que entre ontem e hoje foram entregues cerca de 1,8 milhão de vacinas à Saúde e, até sexta-feira, está previsto o total de 5 milhões de imunizantes entregues ao PNI. “Lembrando que até o final do mês de junho nós também receberemos 6 mil litros de IFA, que dará a possibilidade de 10 milhões de doses de vacinas, que serão também disponibilizadas para o PNI e terá o seu quantitativo para São Paulo”, completou.
Medidas restritivas
Jean Gorinchteyn citou o estudo feito na cidade de Serrana (SP), que imunizou toda a população contra a Covid-19, para exemplificar os benefícios da vacinação. O secretário, no entanto, não soube precisar quando as medidas restritivas serão afrouxadas no estado e disse que conta a aceleração da campanha vacinal para que isso ocorra.
“Hoje, estamos vivendo uma realidade muito diferente daquela que vivemos no final de março e abril. Atualmente temos no estado de São Paulo uma taxa de ocupação de 82%, sendo na Grande SP 79%, com aproximadamente 11 mil pessoas internadas nas UTIs”, disse o secretário.
“Quando pegamos o pico dessa 2ª onda, que aconteceu em 1º de abril, tivemos 13.200 pacientes internados e, naquela ocasião, tivemos 93% de taxa de ocupação das UTIs, portanto, uma situação muito diferente da atual. Temos essa atenção e a certeza de que o impacto da vacinação vai ser ainda maior [para reduzir os números da pandemia].”