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    Agência reguladora dos EUA aprova uso emergencial de pílula contra Covid-19 da Pfizer

    Medicamento é o primeiro tratamento oral para o coronavírus com aprovação regulatória no país

    Léo Lopesda CNN , em São Paulo

    A agência reguladora dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), aprovou para uso emergencial, nesta quarta-feira (22), a pílula da Pfizer para tratamento da Covid-19.

    O medicamento, chamado de Paxlovid, é o primeiro tratamento oral para a doença receber aprovação regulatória no país.

    “O Paxlovid está disponível apenas com receita médica e [o tratamento] deve ser iniciado assim que possível após o diagnóstico de Covid-19, e dentro de cinco dias após o início dos sintomas”, informou o FDA em nota.

    “A autorização de hoje introduz o primeiro tratamento para Covid-19 na forma de uma pílula administrada por via oral – um grande passo na luta contra esta pandemia global”, disse Patrizia Cavazzoni, diretora do Centro para Avaliação e Pesquisa de Medicamentos do FDA.

    A agência destaca que o medicamento não está autorizado para ser utilizado em tratamento preventivo para a doença ou para tratamento inicial em pacientes infectados com Covid-19 que precisam ser internados.

    Redução de 89% no risco de casos graves e hospitalizações

    Os dados mais atualizados da Pfizer sobre seu tratamento experimental com uma pílula contra a Covid-19 mostraram que o medicamento reduz o risco de hospitalização ou morte pela doença em 89% – se administrado a adultos dos grupos de risco poucos dias após seus primeiros sintomas, anunciou a empresa no último dia 14.

    A Pfizer espera poder eventualmente oferecer os comprimidos, chamados de Paxlovid, para as pessoas tomarem em casa antes de ficarem doentes a ponto de precisarem ir ao hospital.

    O Paxlovid é composto de uma mistura entre um novo medicamento antiviral denominado nirmatrelvir e um mais antigo denominado ritonavir.

    A eficácia foi semelhante em um outro grupo, que foi submetido a outro período de teste. Administrado nos primeiros cinco dias dos sintomas, a pílula foi 88% eficaz.

    A pesquisa também mostrou “uma diminuição de aproximadamente 10 vezes na carga viral no quinto dia em relação ao placebo”, disse o comunicado.

    Não substitui a vacina

    Embora o CEO da Pfizer, Albert Bourla, tenha chamado o Paxlovid de “divisor de águas”, ele alertou que as pessoas não devem ver o tratamento como um substituto ou alternativa para não tomarem a vacina.

    “Temo que algumas pessoas pensem assim. É um grande erro. As vacinas são necessárias. A vacina é a principal fronteira que você deve usar para deter a doença”, disse ele em entrevista à CNN.

    O objetivo é a prevenção da doença, que se concretiza com a vacina, alertou.

    * Com informações de Michael Nedelman e Aditi Sangal, da CNN

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