Datafolha: 89% querem se vacinar contra Covid-19
Pesquisa realizada entre os dias 11 e 12 de agosto mostra também que 25% dos entrevistados acreditam que poderão se imunizar ainda neste ano
Nove em cada 10 brasileiros pretendem se vacinar contra o novo coronavírus assim que a imunização estiver disponível, aponta pesquisa do Instituto Datafolha.
De acordo com o levantamento, divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo na noite de sábado (15), 89% dos entrevistados disseram que tomariam uma vacina para deter a doença, que já infectou mais de 3,3 milhões e deixou mais de 107 mil mortos no Brasil.
Outros 9% disseram que não tomariam a vacina e 3% não souberam opinar. A pesquisa foi realizada entre os dias 11 e 12 de agosto com 2.065 brasileiros adultos por meio de entrevistas por telefone. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
De acordo com o Datafolha, o percentual da população que diz ter intenção de se vacinar é estável em grupos com idades, sexo, renda e escolaridade diferentes.
A maior variação, com redução dos interessados em se imunizar, está nos grupos que dizem não usar máscara, vivem sem isolamento e não têm medo de ser infectado.
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Questionados sobre quando acreditam que a vacina estará disponível, 25% dos entrevistados disseram acreditar que poderão se imunizar contra Covid-19 ainda neste ano.
Já 46% acreditam que poderão se proteger no primeiro semestre de 2021 e 22% disseram que a vacina só poderá ser aplicada em massa no fim do ano que vem. Outros 5% disseram não saber quando a imunização estará disponível. O percentual dos que acreditam que não haverá uma vacina contra o novo coronavírus ficou em 0%.
Vacinas em desenvolvimento
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), há no mundo pelo menos 167 vacinas em desenvolvimento contra a Covid-19.
Segundo o balanço, divulgado na quinta-feira (13), 29 dessas vacinas já passam por testes clínicos, sendo que 6 delas já chegaram na fase 3, a última antes da disponibilização ao público.
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No Brasil, há testes em fase 3 de pelo menos duas vacinas contra o novo coronavírus: a desenvolvida pela Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca, testada em parceria com a Fiocruz, e a vacina criada pela chinesa Sinovac Biotech, testada em parceria com o Instituto Butantan.
Na semana passada, o estado do Paraná anunciou a assinatura de um acordo com a Rússia para realizar a fase 3 de testes da vacina desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, imunizante que já foi registrada por Moscou e que deve começar a ser aplicada em massa na população russa em outubro.