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    3ª dose de vacina vai reforçar o sistema imune das pessoas, diz médico

    Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que a partir do dia 15 de setembro será aplicada uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 em idosos com mais de 80 anos e pessoas imunossuprimidas

    Em entrevista à CNN, o imunologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Jorge Kalil, afirmou que é preciso aplicar uma terceira dose para completar o ciclo vacinal em idosos e pessoas imunossuprimidas (transplantadas recentemente, com câncer, queimaduras graves etc).

    O ministro da Saúde Marcelo Queiroga anunciou na noite desta terça-feira (24) que a partir do dia 15 de setembro será aplicada uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 em idosos com mais de 80 anos e pessoas imunossuprimidas que tomaram a segunda dose da vacina há pelo menos seis meses.

    “O que nós estamos propondo agora, que é uma terceira dose para pessoas imunossuprimidas e idosos, não é a mesma coisa que está sendo feito na Europa e em Israel, porque a terceira dose aqui se faz necessária para completar um ciclo de vacinação. As duas doses dadas não foram suficientes, e essas pessoas continuaram bastante suscetíveis a ficarem doentes. Apesar de duas doses da Coronavac, ainda morre muita gente de 80 anos. A vacina foi muito útil, diminuiu muitíssimo as mortes. Mas é melhor ainda nós termos a terceira dose porque isso vai reforçar o sistema imune dessas pessoas e elas vão chegar num nível melhor de proteção”, esclareceu Kalil.

    O especialista disse ainda que há um estudo em andamento no Brasil que responderá se as pessoas que receberam as duas primeiras doses da Coronavac poderão receber a terceira dose de um outro imunizante, como o da Pfizer e da AstraZeneca. 

    “Mas [a resposta] vai demorar um mês, um mês e meio, e nós dissemos ao ministro [Marcelo Queiroga] que devemos começar imediatamente. Como tem doses da Pfizer disponíveis e estudos indicam que a Pfizer se mostrou muito bem com outras vacinas, nós acreditamos também que, no caso da Coronavac, uma dose de Pfizer vai ajudar na resposta imune.”

    A decisão da aplicação de uma terceira dose veio depois de uma reunião com técnicos do Ministério da Saúde e representantes da OPAS (Organização pan-americana de Saúde).

    Fotos – vacinação no Brasil e no mundo

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    Queiroga disse ainda que a decisão levou em conta o andamento da aplicação da segunda dose na população em geral “não tinha sentido eu avançar no reforço, se não tivesse a D2 assegurada, então a D2 seguirá”, disse ele.

     

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