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    Dezesseis estados já imunizaram 70% da população contra a gripe

    Governo federal já distribuiu 80 milhões de doses, das quais 67,9 milhões já foram aplicadas

    Douglas Portoda CNN* , em São Paulo

    De acordo com informações do Painel Influenza do Ministério da Saúde, até esta sexta-feira (7), dezesseis estados já imunizaram 70% da população contra a gripe.

    As unidades federativas são: Amapá, Alagoas, Maranhão, Piauí, Paraíba,  Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Tocantins, Goiás, Amazonas, Mato Grosso e Ceará.

    São Paulo está próximo da marca, com 69,4% de vacinados contra a influenza. No estado, foram registrados até dezembro 2.031 casos e 71 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de gripe. Pelo avanço da variante H3N2, 85% das infecções e 77% dos óbitos aconteceram entre novembro e dezembro.

    O governo federal já distribuiu 80 milhões de doses, das quais 67,9 milhões já foram aplicadas. Entretanto, o público alvo é de 79,7 milhões de pessoas.

    A prevenção se torna essencial no atual estágio do surto de gripe no país. A vacina disponível neste ano não foi projetada para conter justamente a cepa que está em circulação, chamada de Darwin. Ela está entre as mutações eleitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano passado.

    Todos os anos, a OMS escolhe dois subtipos de Influenza A (um do tipo H1N1 e outro do tipo H3N2) e duas cepas da gripe Influenza B (linhagens Yamagata e Victoria).

    A cepa Darwin, identificada em amostras coletadas pelas chamadas unidades sentinelas da vigilância da gripe, pertence ao grupo dos vírus H3N2, mas, neste ano, a mutação escolhida para a vacina foi outra, a cepa chamada de Hong Kong.

    No dia 4 de janeiro, o Instituto Butantan, produtor da vacina contra a gripe adotada no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS), informou que o imunizante com a cepa Darwin já está sendo desenvolvido. A vacina trivalente também é composta pelos vírus H1N1 e a cepa B. Segundo a entidade, as entregas dos lotes da vacina ao governo federal devem ser feitas entre março e abril.

    Testes realizados pelo Butantan apontaram que a vacina atual, em uso no país, se mostrou capaz de conferir proteção contra a influenza H3N2 (Darwin), mesmo sem ter a cepa na sua composição.

    “A vacina que temos hoje traz uma proteção cruzada contra a Darwin, menor do que a vacina específica, mas confere. Vimos isso nos reagentes que usamos no controle de qualidade, nas reações in vitro. O reagente da cepa anterior reage como uma cepa nova. Então existe essa possibilidade, esse nível de proteção”, afirmou Ricardo Oliveira, diretor de produção do Instituto Butantan, em um comunicado.

    (*Com informações de Lucas Rocha, Matheus Meirelles e Pedro Duran, da CNN)

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