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    Witzel pede à CPI proteção para ele e família antes de depoimento reservado

    Advogados alegam que os fatos que ex-governador tem a revelar 'são gravíssimos e envolvem muitas pessoas e autoridades'

    Teo Cury, da CNN, em Brasília

     O ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC) pediu à CPI da Pandemia do Senado que garanta a segurança dele e dos seus familiares antes que ele preste depoimento novamente à comissão, desta vez em uma sessão sigilosa.

    Os advogados alegam que os fatos que ele tem a revelar “são gravíssimos e envolvem muitas pessoas e autoridades, o que coloca em risco a integridade física do peticionante e de seus familiares”.

    De acordo com o advogado Diego Carvalho Pereira, responsável pela defesa do ex-governador, se não houver proteção, Witzel não prestará depoimento aos senadores. A avaliação é a de que não vale a pena colocar a integridade física dele e da família em risco sem que haja garantia de segurança.

    O pedido foi encaminhado ao presidente da CPI da Pandemia, o senador Omar Aziz (PSD-AM). Os advogados do ex-governador dizem ainda que aceitam o adiamento do depoimento, previsto inicialmente para sexta-feira (9), caso não seja possível viabilizar a proteção até lá.

    Além de pedir que a CPI garanta a segurança, proteção, apoio e amparo para o ex-governador e sua família pelo período mínimo de dois anos, a defesa de Witzel pede ainda que outras medidas previstas na lei de proteção a vítimas e testemunhas sejam concedidas a ele.

    O advogado requer que Witzel tenha, entre outras coisas, segurança em sua residência, escolta e segurança nos descolamentos que realizar, apoio e assistência social, médica e psicológica e até mesmo ajuda financeira mensal para garantir as despesas necessárias, caso não consiga trabalhar regularmente ou não tenha fonte de renda para se sustentar.

    Segundo apuração do analista de política da CNN Leandro Resende, Wilson Witzel pretende relatar, em reunião secreta com os senadores da CPI da Pandemia, uma suposta influência do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) na indicação de cargos dos hospitais federais do Rio de Janeiro.

    O senador Flávio Bolsonaro acionou a Justiça Criminal contra as declarações do ex-governador Wilson Witzel em depoimento à CPI da Pandemia. A interpelação que pede esclarecimentos em juízo foi protocolada na sexta-feira (25), na 39ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.

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