Wajngarten diz que foi indiciado por “ter cumprido a lei”
Assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten diz ter dado conselhos jurídicos para que as joias fossem devolvidas ao Tribunal de Contas da União (TCU
Assessor e advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten criticou o fato de ter sido indiciado pela Polícia Federal (PF) por envolvimento no “caso das joias sauditas”. Ele foi indiciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Segundo Wajngarten, foi indiciado por de ter “cumprido a Lei”, e classificou a que havia orientado, como advogado, de que os presentes recebidos por Bolsonaro quando “fossem imediatamente retornadas à posse do Tribunal de Contas da União”.
“Conselho jurídico não é crime. Minha sugestão foi acolhida e os presentes entregues imediatamente e integralmente recolhidos ao TCU”, afirmou o assessor do ex-presidente no X (antigo Twitter).
Wajngarten também classificou a ação da PF como “arbitrária, injusta e persecutória”, e que pretende recorrer à OAB para continuar trabalhando.
O “caso das joias sauditas” foi investigado pela PF em parceria com o FBI e envolveu a venda de um conjunto de presentes do governo da Arábia Saudita a Jair Bolsonaro quando chefiava o Executivo. Segundo a instituição, os itens teriam sido omitidos do acervo presidencial e vendidos nos Estados Unidos.
O meu indiciamento pela Polícia Federal se baseia na seguinte afronta legal: advogado, fui indiciado porque no exercício de minhas prerrogativas, defendi um cliente, sendo que em toda a investigação não há qualquer prova contra mim. Sendo específico: fui indiciado pela razão…
— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) July 4, 2024
Fabio Wajngarten disse que buscou informações com alguns auxiliares e ex-auxiliares de Bolsonaro, mas sem “participar de qualquer tipo de negociação”.
“Como assessor de imprensa e advogado do ex-presidente da República, busquei informações com alguns auxiliares e ex-auxiliares dele sem jamais – repito, sem jamais – participar de qualquer tipo de negociação”, defende.
Apesar da decisão da Polícia Federal, a instituição ainda precisa relatar o inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Além dele, Bolsonaro e mais 10 pessoas foram denunciadas pela PF. Veja a lista completa:
- Jair Bolsonaro
- Bento Albuquerque;
- José Roberto Bueno Júnior;
- Julio Cesar Vieira Gomes;
- Marcelo da Silva Vieira;
- Marcos André dos Santos Soeiro;
- Mauro Cesar Barbosa Cid;
- Fabio Wajngarten;
- Frederick Wassef;
- Marcelo Costa Câmara;
- Mauro Cesar Lourena Cid;
- Osmar Crivelatti