Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Waack: STF estava a um voto de acabar o tal orçamento secreto

    O Supremo daria ou não daria um presentão de natal ao presidente eleito Lula, que recuperaria parte dos poderes do executivo dos quais se apoderou o legislativo? Mas aí ficaria sem a PEC do Estouro?

    William Waackda CNN

    O Supremo Tribunal Federal estava no final desta tarde a um voto de acabar com uma excrescência, o tal orçamento secreto.

    E estavam em vantagem até ali, por cinco a quatro, os ministros do Supremo que qualificaram de inconstitucional um esquema pelo qual parlamentares atribuem a si tarefas do executivo e, ainda por cima, sem transparência.

    Mas se as tais emendas que fazem parte do tal orçamento secreto fossem vetadas pelo Supremo, ia dar uma baita confusão política. Pois é dessas emendas que emana parte relevante dos poderes do presidente da Câmara dos Deputados.

    Que tem poderes para não votar, por exemplo, a PEC do Estouro pretendida pelo governo que está entrando.

    O Supremo daria ou não daria um presentão de natal ao presidente eleito Lula, que recuperaria parte dos poderes do executivo dos quais se apoderou o legislativo? Mas aí ficaria sem a PEC do Estouro?

    Nesse momento o Supremo suspendeu o julgamento. Na hora da cobrança de um pênalti, por exemplo. Para o Congresso ter tempo de votar medidas, ainda nesta quinta-feira que, pelo menos, deem mais transparência às emendas em poder dos parlamentares.

    Para que o Supremo – quem sabe satisfeito com esse meio recuo – não precise bater o pênalti na segunda. E para que a PEC possa ser votada na terça.

    Parece barganha. Mas o Supremo diz que não é instância política. O presidente da Câmara diz que não faz barganhas. Não. Pelo jeito é só um acerto – um vamos combinar o resultado. Que deixe os três poderes felizes.

     

    Tópicos