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    Eleições 2022

    Waack: pela primeira vez desde a derrota eleitoral, Bolsonaro olhou para frente

    Não falou de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, das urnas ou do que seja, deixando para seu ministro da Casa Civil a função de anunciar as tratativas de uma transição

    William Waack

    Ao falar nesta terça-feira (1º) pela primeira vez desde a derrota eleitoral de domingo (30), Jair Bolsonaro (PL) de fato olhou para frente e não para trás.

    Não falou de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, das urnas ou do que seja, deixando para seu ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, a função de anunciar as tratativas de uma transição. Ou seja, era o que tinha a dizer sobre o que passou.

    Olhando para frente, deu uma deixa aos manifestantes que bloqueiam vias e impedem o direito de ir e vir. Continuem, mas de forma pacífica. É como boa parte dos que estão bloqueando as estradas interpretaram as palavras do presidente.

    Olhando para frente para o mundo político, Bolsonaro deu um recado também. Ele se considera o líder de uma direita que, segundo ele, não existia antes.

    O problema para Bolsonaro é que ele não conseguiu, em quatro anos de governo, criar uma estrutura político-partidária. Mesmo que seus seguidores bloqueiem estradas, eles não sabem – nem Bolsonaro disse – exatamente para onde estão indo.

    Eventualmente os ânimos vão se acalmar. Os trabalhos de um novo governo vão começar. E o que Bolsonaro chama de direita vai depender de um líder que não gosta de rotina de trabalho.

    Nunca teve um plano de ação articulado para governar. Foi errático nos objetivos e confuso nos métodos, para dizer o mínimo. E que perdeu sobretudo por ter sido tão rejeitado.

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