Waack: Pacificar pressupõe que dois lados se entendam de alguma maneira
Não é o que está acontecendo entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de um lado. E dirigentes de entidades que operam no mercado financeiro, de outro
Pacificar pressupõe que dois lados se aproximem e se entendam de alguma maneira. Não é o que está acontecendo entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de um lado, e dirigentes de entidades que operam no mercado financeiro, de outro.
A desconfiança mútua era grande antes das eleições que Lula venceu, e perdura ainda hoje. O que era anedótico – isto é, um diz que diz por aí – está consolidado em dados de pesquisa feita por empresa especializada.
Os dirigentes no setor financeiro desconfiam de Lula, das políticas econômicas do governo, da capacidade de equilibrar as contas e cuidar da inflação. Pelo seu lado, Lula não perde a chance de dizer que não vai governar para o mercado.
Ou seja, para atender às expectativas de quem ele considera adversário de seu governo.
Os números da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (15), indicam que, de alguma maneira, o atual ministro da Fazenda conseguiu criar algumas pontes com um setor de grande influência no comportamento de agentes de outros segmentos da economia.
Mas o que prevalece é uma desconfiança arraigada, de parte a parte.