Waack: O 7 de Setembro deveria ser uma festa de todos nós
Mas este ano não é a festa de todos nós. É a ocasião em que o presidente Jair Bolsonaro, em permanente campanha política, julgou como excelente componente de suas táticas político-eleitorais
O 7 de Setembro deveria ser uma festa de todos nós.
Ainda mais quando o país lembra os duzentos anos de independência.
Pois é refletindo sobre o passado que se pode pensar no futuro possível.
Mas este ano não é a festa de todos nós.
É a ocasião em que o presidente Jair Bolsonaro, em permanente campanha política, julgou como excelente componente de suas táticas político-eleitorais.
Das quais é parte central o incessante ataque a instituições como o judiciário.
E a tentativa duvidosa de se apropriar da imagem das Forças Armadas.
Como se as Forças Armadas tivesse lado na política, e pudessem estar a serviço dos interesses eleitoreiros de um dos candidatos.
Nesse sentido, o chamado do presidente para os eventos públicos – como os tradicionais desfiles – e eleitorais de amanhã tem um tom intimidatório.
Não é para uma festa que as pessoas estão sendo convidadas.
Mas para uma demonstração de força cujo alvo principal nem parece ser o principal adversário político.
A postura do presidente consiste basicamente em declarar que ele e seus seguidores são os verdadeiros patriotas.
Quando a pátria é de todos nós, não importa seu credo político ou religioso.