Waack: Ninguém tem a ganhar com a abstenção
As pesquisas não conseguem medir qual será a taxa de abstenção. O que está claro para Lula e Bolsonaro é que ninguém tem a ganhar com gente ficando em casa
Na reta final da campanha eleitoral, as duas campanhas estão preocupadas com a mesma notícia ruim que saiu do primeiro turno: a taxa de abstenção foi a maior – ou seja, a pior – desde 1998, chegou – arredondando – aos 21% do eleitorado.
Não há uma explicação clara sobre o fenômeno, que preocupa as duas candidaturas.
Uma das teorias diz que numa disputa acirrada aumenta o interesse do eleitor em ir às urnas.
A disputa é excepcionalmente acirrada, mas compareceram menos eleitores às urnas.
Outra explicação vai na direção contrária. Com a eleição muito acirrada, e num clima de enorme agressividade, uma fatia dos eleitores acha mais prudente ficar em casa, é tudo especulativo.
As pesquisas não conseguem medir qual será a taxa de abstenção. O que está claro para Lula e Bolsonaro é que ninguém tem a ganhar com gente ficando em casa.
Raríssimo fato sobre o qual as duas candidaturas concordam.