Waack: Mulher e religião estão ocupando marqueteiros dos dois lados na eleição
As posturas das campanhas de Bolsonaro e Lula indicam que há a necessidade de contestar o adversário nesses segmentos

Neste começo de campanha eleitoral, as duas principais candidaturas parecem preocupadas com os mesmos fenômenos eleitorais.
A saber: Eleitorado feminino, eleitorado religioso e eleitorado de baixa renda.
As posturas das campanhas de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicam que há a necessidade de contestar o adversário nesses segmentos.
As pesquisas costumam dividir os “recortes”, como se diz.
Porém, nesses três recortes, na verdade estamos falando de apenas uma pessoa: mulher, de baixa renda e evangélica.
Ali, as pesquisas indicam movimentações que preocupam as duas campanhas – dado o número e o peso desse eleitorado.
Mulher e religião estão ocupando os marqueteiros dos dois lados neste instante.
Bolsonaro acha que tem arma política eleitoral para diminuir sua rejeição no público feminino: sua própria esposa, Michelle Bolsonaro.
Lula acha que tem arma política eleitoral para contra atacar a vantagem de Bolsonaro no campo religioso e evangélico, que é dedicar-se também diretamente a ele.
Mais complicado tem sido identificar o impacto dos auxílios recentemente iniciados nesse mesmo público.
E se essas três categorias falam de uma só pessoa – mulher, baixa renda, evangélica – qual das armas político-eleitorais vai funcionar melhor?