Waack: Lula e Bolsonaro trabalham para agradar próprias bases
A escolha que o Brasil fará por enquanto mantém nos profissionais de análise de risco a convicção de que os perigos com a vitória de Lula ou Bolsonaro são menores do que parecem

O candidato líder nas pesquisas até aqui não deixou claro o que vai fazer de diferente do que seu partido fez quando estava por último no poder, e não deu certo. Está preocupado em não decepcionar a própria base.
O seu principal adversário, querendo se reeleger, nutre dúvidas sobre o próprio processo eleitoral que o colocou no Palácio do Planalto. Está preocupado em energizar a própria base.
A escolha que o Brasil fará por enquanto mantém nos profissionais de análise de risco a convicção de que os perigos com a vitória de um ou de outro, Lula continua como franco favorito, são menores do que parecem.
Em parte a percepção de possível instabilidade institucional, política e econômica é diminuída pela forte presença do “Centrão”. Se isso é bom ou não para o longo prazo é outra questão.
Em parte é o resultado de um cenário internacional, o das consequências da guerra na Ucrânia, que parecem ajudar um tanto países latino americanos produtores de commodities, como o Brasil.