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    Waack: Decisões dos ministros do STF são motivadas por cálculos políticos

    Ao anular as condenações de Lula, objetivo do ministro Edson Fachin, provavelmente, foi tentar salvar o que poderia da Operação Lava Jato

    Da CNN, em São Paulo

    No quadro CNN Poder desta quarta-feira (10), na CNN Rádio, William Waack analisa o julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da suspeição do ex-juiz Sergio Moro nos processos em que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    “O Supremo já leva três anos para saber que [Sergio] Moro não devia ter julgado Lula, para dizer que ele não era o juiz natural da causa. Leva anos para saber se o Moro atuou com parcialidade ou imparcialidade”, afirmou.

    “O tempo da Justiça, costumam dizer os juristas, é diferente do tempo das ruas. Mas eu acho que o tempo do STF é o tempo da política. E que as decisões que seus excelsos integrantes tomam são motivadas, sobretudo, por cálculos políticos”, completou.

    Waack afirmou que, no seu entendimento, o cálculo político do ministro Edson Fachin, ao anular, na segunda-feira (8), as condenações de Lula definidas pela Justiça Federal no Paraná, provavelmente, foi tentar salvar o que poderia de uma operação que sempre lhe foi muito cara, a Lava Jato, e salvar um juiz de a quem ele sempre foi muito ligado, Moro.

    “Não se deu bem. Nos cálculos políticos do Supremo, a turma que está disposta a botar muito mais do que freios, incluindo a condenação criminal de expoentes da Lava Jato, deu um ‘drible da vaca’ no Fachin”, afirmou. 

    “Nós, sociedade, ficamos reféns disso, de um Supremo que deveria cuidar da Constituição.”

     

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