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    Waack: Consenso é básico para qualquer governo que pretenda ser de frente ampla

    Quando consensos como esse – não tratarás as estatais como moeda de politicagem – parecem ameaçados, não é surpresa alguma a bolsa cair e dólar subir

    William Waackda CNN

    O mau humor dos agentes de mercado em relação a nomes do PT na área econômica do novo governo é público e notório. E hoje não foi diferente, com a confirmação do ex-senador e homem de confiança de Lula, Aloizio Mercadante, para o BNDES – banco público que sempre foi a menina dos olhos do intervencionismo petista.

    Há dúvidas sobre como Lula vai conciliar essa nomeação com os dispositivos da lei das estatais. A tal lei que foi aprovada devido ao desastre promovido pelo PT com nomeações políticas especialmente na Petrobras.

    A ideia de uma volta a tempos de dirigismo na economia não tão distantes assim – fora a politicagem com cargos em estatais – é que explica o mau humor dos agentes econômicos. Mas esse nem é o ponto principal.

    Ao anunciar Mercadante, da velha guarda do PT, Lula saiu dando cotoveladas no tal do mercado, como já fizera em relação a Haddad. Aproveitou para dizer que não mais haverá privatizações, parecendo sugerir que ele, Lula, vai fazer o que quiser.

    Ocorre que consenso é questão básica para qualquer governo que pretenda ser de frente ampla. Como é o caso de um governo que venceu por pequena margem, depende do centrão e enfrenta forte oposição em amplos setores da sociedade.

    Quando consensos como esse – não tratarás as estatais como moeda de politicagem – parecem ameaçados, não é surpresa alguma a bolsa cair e juro futuro subir

    Nada tem a ver com nomes. Mas com o temor da volta ao que nunca deu certo.

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