Waack: Bolsonaro e Lula estão próximos um do outro quando se trata de rejeição
Vem daí a tática escolhida pelas duas campanhas, bastante óbvia, que é a de fazer aumentar a rejeição do adversário

Estamos perto de uma decisão nas urnas na qual uma proporção inédita do eleitorado já sabe o que vai fazer na hora de votar. Escolher quem ele acha que evita a vitória de quem ele não gosta.
É um pouco diferente do campeonato da rejeição – aquele no qual ganha quem tem a menor rejeição.
Hoje está assim: Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão próximos um do outro quando se trata de rejeição –a de Bolsonaro segue ligeiramente superior à de Lula.
Vem daí a tática escolhida pelas duas campanhas, bastante óbvia, que é a de fazer aumentar a rejeição do adversário.
Parece que não funcionou, ou pelo menos não funcionou como as campanhas esperavam.
Uma possível explicação é justamente essa postura do eleitor, a de escolher um para evitar a vitória do outro.
Votar no candidato “A” pois assim evito a vitória de “Z” significa, no fundo, perdoar qualquer coisa que “A” tenha feito, ou não tenha feito.
Portanto, significa ignorar a rejeição dele.