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    Eleições 2022

    Waack: Bolsonaro acha que o STF se juntou para eleger Lula

    Ocorre que discutir como mexer com o STF no meio do calor da campanha eleitoral serve para pouca coisa, além de animar os já convertidos ao bolsonarismo

    William Waackda CNN

    Já faz bastante tempo que se fala no Brasil não da harmonia. Mas da desarmonia entre os poderes.

    Já se acusou o executivo de interferir no legislativo. O legislativo de interferir no executivo. E a bola da vez é o judiciário.

    Visto como poder que legisla sem ter sido eleito para isso. Governa por cima do executivo. E faz ou desfaz a política dependendo da canetada de qual ministro do STF.

    A questão parece simples mas não é. O que se chama de ativismo judiciário, ou de judicialização da política, é um fenômeno antigo que vem, sim, se agravando nos últimos anos. A ponto do STF, por exemplo, ser considerado hoje uma instância política – para o bem ou para o mal, há enorme controvérsia.

    De fato, o STF impôs limites ao atual presidente da república, em várias ocasiões – na pandemia, por exemplo. 

    Bolsonaro já recebeu cartão amarelo também do legislativo, mas é em relação ao judiciário que ele encontrou nos parlamentares uma convergência de opiniões.

    Pelos mais variados motivos, ali tem também muita gente que detesta juízes. Bolsonaro acha que o STF se juntou para eleger Lula. E está prometendo o troco se conseguir a reeleição.

    Ocorre que discutir como mexer com o STF no meio do calor da campanha eleitoral serve para pouca coisa, além de animar os já convertidos ao bolsonarismo.

    Ou é conversa de palanque, portanto é pouco sério.

    Ou é sério demais.

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