Waack: As campanhas de Lula e Bolsonaro olharam hoje para a economia
No fundo, quando Bolsonaro e Lula falam de economia, estão dando um recado numa frase só: vou fazer o que já fiz

As campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) olharam hoje para a economia, entendida como um dos fatores mais decisivos das eleições.
Para tentar decidir pelo seu lado, Bolsonaro quer abrir mais ainda o cofre das bondades. A receita é tão velha quanto o populismo eleitoral.
Melhor acesso a crédito, mais auxílio a necessitados, promessa de taxar mais o dinheiro dos ricos para financiar ajuda aos pobres. Não é original, mas funciona.
Do lado de Lula, o esforço hoje foi falar muito de economia e dizer pouco o que vai fazer.
A campanha está sob pressão de alguns de seus apoiadores que desfrutam de respeito e admiração no mundo financeiro e empresarial.
Que estão cobrando de Lula que ele indique pelo menos o perfil de um possível ministro da economia – se ele ganhar, claro – e como vai cuidar das contas públicas. Especialmente em relação a gastos.
As respostas foram evasivas, com exceção de um ponto: Lula diz que seu governo terá gente de fora da sua coligação partidária.
No fundo, no fundo, quando Bolsonaro e Lula falam de economia, estão dando um recado numa frase só: vou fazer o que já fiz.