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    Vice na chapa de Cláudio Castro ao governo do RJ é alvo de operação da PF

    Policiais federais cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de Washington Reis

    Pauline AlmeidaThayana Araújoda CNN , no Rio de Janeiro e em Brasília

    Pré-candidato a vice na chapa de Cláudio Castro (PL) ao governo do Rio de Janeiro, o ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis (MDB) é um dos alvos de uma operação da Polícia Federal (PF) em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrada na manhã desta quinta-feira (1º).

    A investigação apura um suposto favorecimento na contratação de uma cooperativa pelo município da Baixada Fluminense, com contrato e aditivos que somam R$ 563,5 milhões em dois anos.

    Em nota, a assessoria de imprensa de Reis informou que a casa dele foi alvo de busca e apreensão e negou qualquer tipo de irregularidade.

    “Washington destaca que atendeu aos policiais e se colocou à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários. A polícia fez o seu trabalho, sem nenhum tipo de interrupção ou dificuldade e nada foi encontrado”, diz a nota.

    “Os agentes também estiveram na Fazenda Paraíso, com outros mandados de busca e apreensão, para averiguação, onde também não encontraram nada ilegal, apenas o espaço em seu funcionamento regular onde, neste momento, mais de 60 dependentes químicos encontram-se em tratamento já que o local é o maior centro de recuperação de dependentes químicos do país”, informa a nota.

    Reis tenta a disputa a vice-governador do Rio de Janeiro. Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve uma condenação do ex-prefeito por crime ambiental e loteamento irregular. O Ministério Público Eleitoral apresentou uma ação de impugnação da candidatura do político e afirma que ele está inelegível. Já Reis deve apresentar um novo recurso e diz acreditar em sua absolvição e elegibilidade.

    PF realiza operação no Rio de Janeiro / Paulo Carneiro/Photopress/Estadão Conteúdo

    Agentes cumprem 27 mandados de busca e apreensão

    Cerca de 130 policiais federais e servidores da CGU cumprem 27 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Duque de Caxias e outras cinco do estado fluminense. Os alvos são empresários e pessoas apontadas como operadoras financeiras e prováveis líderes de um esquema criminoso.

    Segundo informações divulgadas pela PF, a investigação começou em janeiro deste ano e apontou que a cooperativa contratada pertenceria a uma “estruturada e complexa organização criminosa que vem operando no estado do Rio de Janeiro em um contexto de corrupção sistêmica, por meio de desvio de recursos públicos, em especial na área da saúde, há décadas”.

    A Controladoria-Geral da União informou que o objetivo da operação é combater desvios de recursos da Secretaria Municipal de Duque de Caxias. A CNN buscou a prefeitura de Duque de Caxias para um posicionamento e aguarda retorno.

    Segundo o órgão de controle, foram encontrados diversos indícios de irregularidades na contratação da cooperativa, como cláusulas restritivas no edital e sobrepreço de R$ 53,6 milhões na planilha de custos para um ano de contrato.

    O trabalho conjunto com a PF, de acordo com a CGU, mostrou que a organização criminosa já teria sido investigada na Operação Favorito, de junho de 2020, com apurações sobre fraudes em licitações e lavagem de dinheiro.

    A operação desta quinta-feira foi nomeada “Anáfora”, figura de linguagem de repetição, justamente para enfatizar que os crimes e o modo de atuação dos supostos envolvidos se perpetuam.

    “O que se identificou como uma característica acentuada da organização criminosa em questão foi justamente a repetição do seu modo de atuar, ou seja, o emprego do mesmo modus operandi tanto na constituição de empresas geridas por interpostas pessoas, quanto na forma de contratar com entes públicos. Através de uma densa confusão patrimonial e administrativa existente entre as pessoas jurídicas pertencentes ao grupo, as práticas delitivas se repetiam, de maneira recorrente”, divulgou a Polícia Federal.

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