Vereador do MBL processa Manu Gavassi por manifestação pró-Lula em show
Pré-candidato a deputado federal, Rubinho Nunes (União Brasil) tem processado artistas que declaram apoio ao petista em eventos
O vereador de São Paulo Rubinho Nunes (União Brasil) processou na segunda-feira (25) a cantora Manu Gavassi por manifestar apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante um show em Natal, na sexta-feira (22). A ação tem co-autoria de Amanda Vettorazzo, coordenadora do MBL.
Na ocasião, ela exibiu no telão uma estrela branca sobre o fundo vermelho, fazendo alusão à estrela do PT. A artista já declarou voto no candidato petista.
Nunes é pré-candidato a deputado federal e tem processado artistas por se manifestarem publicamente durante shows. Ele afirmou à CNN que tenta impedir “subcelebridades atuando como cangaceiros eleitorais”.
Nunes pede que a publicação sobre o show seja apagada das redes sociais da artista e do PT de São Paulo e o pagamento de multas “previstas na Lei das Eleições”.
A CNN entrou em contato com as assessorias de Manu Gavassi, Lula e o PT, mas ainda não obteve resposta. Nas redes sociais, Manu Gavassi publicou uma foto do show com a legenda: “Tendo um claro posicionamento político, laço no cabelo e bom senso crítico com vocês”.
Os showmícios são proibidos desde 2006 e podem render multas que variam de R$ 5.000 a R$ 25 mil. Artistas, porém, podem manifestar o seu apoio a determinado candidato em um show próprio sem configurar irregularidade na campanha, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF).
Outros processos
Em 2022, o vereador Rubinho Nunes entrou na Justiça contra artistas como Juliette e Nando Reis pelos mesmos motivos.
À CNN ele confirmou também ter processado Lula, Fernando Haddad e Guilherme Boulos (PSOL) por causa da distribuição de panfletos. O vereador acionou por propaganda irregular o candidato ao governo de São Paulo Tarcisio de Freitas (Republicanos), o presidenciável Ciro Gomes (PDT), a CUT, a PUC-SP e um perfil nas redes sociais identificado como Choquei.
Ele diz que o motivo é “coibir o descumprimento à Lei Eleitoral em razão da sensação de impunidade que esses artistas têm”. “As manifestações fora do período e em eventos pagos na sua maioria com dinheiro público, além de afrontar a Lei ainda ferem o princípio da moralidade administrativa”, afirmou.
Galeria: os artistas que declararam o seu voto nos candidatos e pré-candidatos à Presidência da República
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