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    Veja a trajetória de Wilson Witzel até o impeachment

    O fim de fato da gestão Witzel aconteceu nesta sexta-feira (30) quando um tribunal misto votou pelo impeachment do agora ex-governador

    Da CNN, em São Paulo

    De surpresa nas eleições de 2018 até seu impeachment em 2021, a trajetória de Wilson Witzel, agora ex-governador do Rio de Janeiro, foi meteórica e com um final triste para o ex-juiz federal, que abandonou a magistratura pela política e agora perdeu seus direitos políticos.

    Porém, antes de se tornar juiz, Witzel foi do exército e deixou as forças armadas como segundo-tenente. Após deixar a farda, cursou direito para assumir a toga. Se tornou juiz federal em 2001 e deixou o cargo em 2018 para concorrer como governador do Rio de Janeiro pelo PSC.

    Surfando na onda do bolsonarismo, Witzel saiu de 1% de intenção de voto nas pesquisas para ser eleito governador do Rio de Janeiro com mais de 4,5 milhões de votos. O agora governador prometeu endurecimento no combate ao crime e causou polêmica ao comemorar a morte de um homem que roubara um ônibus na ponte Rio-Niterói.

    O ponto de inflexão da carreira política de Witzel foi a pandemia, que trouxe os escândalos que o derrubaram.

    O primeiro baque em sua gestão aconteceu quando o subsecretário de Saúde, Gabriel Neves, foi exonerado e preso sob suspeita de obter vantagens na compra de respiradores sem licitação.

    Depois foi a vez do secretário de Saúde, Edmar Santos, ser exonerado após ter sido acusado de desviar R$ 40 milhões na compra de equipamentos médicos

    Foi em maio de 2020 que Witzel se tornou alvo das investigações quando foram realizadas operações de busca e apreensão em imóveis ligados a ele e sua mulher, Helena. A suspeita do Ministério Público Federal (MPF) aponta superfaturamento em contratos com a IABAS, organização social responsável pela construção e gestão dos hospitais de campanha do estado

    Dos 7 hospitais de campanha prometidos apenas 2 saíram do papel.

    Sob justificativa de evitar interferência na investigação, o Supremo Tribunal de Justiça determinou que Witzel fosse afastado do cargo por 180 dias. 

    Após o afastamento de Witzel, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) iniciou o processo de impeachment através de um ex-aliado de Witzel, o deputado estadual André Ceciliano (PT). 

    Quando a ALERJ foi instada a votar sobre o prosseguimento do processo de afastamento de Witzel, derrota unânime: 69 a 0 a favor do presseguimento.

    Com a continuação do processo, o Ministério Público apresentou denúncia contra Witzel, acusando ele e sua mulher por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia alega que Witzel comandava uma organização criminosa que desviava dinheiro do governo do estado.

    O fim de fato da gestão Witzel aconteceu nesta sexta-feira (30) quando um tribunal misto votou pelo impeachment do agora ex-governador.

    Wilson Witzel
    O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), em foto de arquivo
    Foto: Wilton Junior -26.dez.2019/Estadão Conteúdo