“Vamos dar direito ao contraditório”, diz Nunes à CNN sobre a Vai-Vai
No desfile do último sábado (10), policiais da Tropa de Choque foram retratados com asas e chifres vermelhos – em uma alusão a figuras demoníacas
O prefeito de São Paulo (MDB), Ricardo Nunes, disse à CNN que vai conversar com a Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo sobre o desfile da escola de samba Vai-Vai.
Na terça-feira (13), parlamentares de direita enviaram ofício ao prefeito pedindo que a Vai-Vai fique sem acesso a verbas públicas no próximo ano por desrespeitar policiais.
O prefeito afirmou que dará direito ao contraditório e que não há ainda como falar, neste momento, em punição para a escola de samba de São Paulo.
“Vamos conversar com a Liga, dar direito ao contraditório. Enfim, escutar a todos. Nesse momento, não temos como saber se haverá punição e, se houver, qual será”, afirmou.
No desfile da Vai-Vai para o Carnaval de 2024 no Sambódromo do Anhembi, que aconteceu no último sábado (10), policiais da Tropa de Choque foram retratados com asas e chifres vermelhos – em uma alusão a figuras demoníacas.
A Vai-Vai explicou em nota que seu samba-enredo “tratou-se de um manifesto, uma crítica ao que se entende por cultura na cidade de São Paulo, que exclui manifestações culturais como o hip hop e seus quatro elementos – breaking, graffiti, MCs e DJs”.
Segundo a escola, “nesse contexto, foram feitos, ao longo do desfile, uma série de recortes históricos, como a semana de arte de 1922 e o lançamento do álbum Sobrevivendo no Inferno, dos Racionais MCs, em 1997”.
