‘Vai ser difícil criminalizar ações do governo’, diz líder sobre CPI
Senador Fernando Bezerra (MDB-PE) repercutiu o depoimento do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), à CPI da Pandemia
O senador Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do Governo no Senado, repercutiu o depoimento do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), à CPI da Pandemia nesta terça-feira (4). Em entrevista à CNN, o senador afirmou que as declarações do ex-ministro “não criminalizam as ações do governo”.
“Esse primeiro dia com o depoimento do Mandetta foi muito positivo. Ficou claro que vai ser muito difícil para aqueles que querem criminalizar as ações do governo, provar que houve dolo ou que houve intenção nas ações do governo para provocar mortes ou para poder não enfrentar de forma adequada a pandemia”, afirmou Bezerra.
Luiz Henrique Mandetta disse durante o depoimento que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tinha um “aconselhamento paralelo” sobre as medidas a serem adotadas para conter os avanços do coronavírus no país e teria tentado colocar em prática o assessoramento.
“Eu tive a oportunidade de colocar dados, se a gente pegar os dados de casos por milhão de habitantes, a performance do Brasil está em linha com o Reino Unido, Itália, França. Se quer imputar o governo a não ter estimulado as medidas de isolamento, isso não vai colar”, acrescentou o senador.
‘Não houve estratégia para afastar Pazuello’
O depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, que estava marcado para esta quarta-feira (5), foi adiado para o dia 19 de maio, confirmou nesta tarde o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM).
Pazuello enviou carta ao Comando do Exército Brasileiro requisitando o adiamento por ter entrado em contato nos últimos dias com dois servidores do Poder Executivo federal que foram diagnosticados com Covid-19.
“Não houve nenhuma estratégia do ex-ministro Pazuello, ele informou que teve contato com assessores que contraíram Covid. Ele ia se submeter a uma quarentena, fazer os testes para não levasse riscos para a Comissão. Ele deu duas opções ou fazer de forma remota ou após o período da quarentena voltar para um depoimento presencial”, explicou Bezerra.
O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), optou por mudar a data e aprovou a mudança em votação simbólica.
“A posição do presidente Omar Aziz é que todos os depoentes possam fazer os depoimentos de forma presencial, essa foi a decisão. No ponto de vista do governo, queremos que os trabalhos possam ter celeridade, que as informações possam ser postadas, para que possa se concluir o quanto antes””, afirmou.