União Brasil diz que deputados que votaram contra isenção para carnes cometeram equívoco
Danilo Forte (CE) e Padovani (PR) eram favoráveis à medida, segundo partido; apenas três parlamentares da Câmara, no total, registraram voto contrário a destaque, e outros dois se abstiveram
O União Brasil informou nesta quinta-feira (11) que os dois deputados federais da sigla que votaram contra a isenção total de impostos sobre proteínas animais “registraram voto de forma equivocada” durante a sessão que aprovou o texto-base da regulamentação da reforma tributária.
Ao todo, apenas três parlamentares foram contra o destaque: Danilo Forte (CE) e Padovani (PR), do União, e Aluisio Mendes (Republicanos-MA). Os deputados Hildo Rocha (MDB-MA) e Duda Salabert (PDT-MG) se abstiveram.
“Os parlamentares são favoráveis ao setor produtivo, entusiastas da reforma tributária no Congresso e sem dúvida votariam na intenção de melhorar as condições para o setor”, diz trecho do comunicado do União Brasil.
“Reafirmamos o compromisso dos mesmos de sempre atuar em defesa da vontade de seus eleitores, e por esse motivo, votaram favoráveis pela simplificação do sistema tributário, pelo crescimento econômico e a redução de custos, e pela transparência e justiça fiscal”, continua.
De acordo com o partido, “as medidas necessárias para retificar o voto dos deputados junto à mesa diretora da Câmara dos Deputados já foram tomadas”.
Mais cedo, o deputado Padovani havia emitido uma nota individual dizendo que apertou “erroneamente o botão” na votação do destaque.
“Gostaria de esclarecer um equívoco ocorrido durante a votação de ontem: devido a um erro no momento da votação, apertei erroneamente o botão de ‘não’ em vez de ‘sim’. Meu real posicionamento e intenção sempre foram de apoiar essa medida”, afirmou o deputado.
“Assumo total responsabilidade pelo erro. Trabalhei na data de ontem intensamente para reduzir a carga tributária em dezenas de frentes. O voto não modificou o resultado, situação já definida”, complementou.
A sugestão de mudança no projeto para zerar o imposto das carnes foi apresentada pelo PL e, posteriormente, acolhida pelo relator, Reginaldo Lopes (PT-MG).
Em entrevista à CNN, antes da votação, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) havia dado aval para a inclusão da carne na cesta básica.
Apesar disso, a posição de Lula foi contrária à de sua equipe econômica, comandada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e à do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
O texto-base da regulamentação da reforma tributária foi discutido por mais de 8 horas na Câmara dos Deputados em sessão na quarta-feira (10). Foram registrados 336 votos a favor, 142 contra e duas abstenções. Agora, o texto será analisado pelo Senado.