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    “Um mundo de Alice, um mundo bobo, ou é um mundo radical”, diz Moraes sobre os conteúdos que circulam nas redes sociais

    Presidente do TSE também fez críticas aos conteúdos que são mais consumidos pelos usuários nas plataformas digitais

    "Não existe mais o mundo normal de discussão, de análise”, disse Moraes
    "Não existe mais o mundo normal de discussão, de análise”, disse Moraes 22/05/2024 - Alejandro Zambrana/Secom/TSE

    Da CNN

    Brasília

    O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, ironizou os conteúdos que são mais consumidos nas redes sociais.

    “Ou é um mundo de Alice, um mundo bobo, ou é um mundo radical”, disse o ministro durante o encerramento de um seminário internacional sobre inteligência artificial, democracia e eleições, realizado no TSE.

    “Como todo mundo, ao invés de trabalhar, ‘só um minuto’ e vai ver lá o pintinho que está nadando com o patinho. Ou é isso, ou é comunismo, ou vão colocar nas escolas mamadeiras. As pessoas acreditam porque foram fidelizadas nisso”, afirmou Moraes. “Não existe mais o mundo normal de discussão, de análise”.

    A fala do ministro ocorreu enquanto ele explicava sobre a influência das redes sociais nos dias atuais. Moraes também falou da diferença entre o alcance das notícias que circulam nos veículos de imprensa e das que são compartilhadas nas redes sociais.

    “Não há democracia sem liberdade de imprensa, sem uma imprensa forte, consciente e responsável, e passou-se a atacar a mídia tradicional pelas redes sociais”, disse Moraes. “Uma notícia verdadeira que sai em todos os telejornais tem muito menor alcance do que uma fake news sobre o mesmo fato que sai de dois ou três influenciadores”.

    O ministro também fez uma crítica aos conteúdos que são mais consumidos pelos usuários nas plataformas digitais. “Só dá audiência e dinheiro, discurso de ódio, antagonismo, briga ou aquilo muito fofinho”, disse Moraes.

    “Esses usuários que foram captados pelas redes sociais não diferenciam mais um jornal de credibilidade, uma mídia de credibilidade ou uma fake news. Tudo é a mesma coisa. Essa foi a primeira conquista desse populismo extremista”, complementou o ministro.