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    TSE vai investigar se houve financiamento e propaganda eleitoral no 7 de Setembro

    Vídeo divulgado nas redes sociais mostra um homem distribuindo dinheiro a supostos manifestantes bolsonaristas

    João de Marida CNN* , Em São Paulo

    O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai investigar possível financiamento por empresários ou políticos aos atos de 7 de Setembro convocados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e também uma possível propaganda eleitoral antecipada durante as manifestações.

    A decisão partiu do corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão, nesta quarta-feira (15), e pretende verificar quem custeou despesas para manifestantes irem aos atos.

    O corregedor-geral quer que a nova apuração seja somada ao inquérito, que apura a articulação de rede de disseminação de notícias falsas, aberto pela Corte Eleitoral no início de agosto.

    No mês passado, em uma reação a ataques de Bolsonaro, o TSE abriu um inquérito administrativo (Inquérito Administrativo 0600371-71) para apurar se houve abuso de poder político e econômico, além de outras irregularidades, nas falas que o presidente vinha fazendo insinuando haver fraude no atual sistema de votação e por ameaças à eleição do próximo ano.

    Nos atos de 7 de Setembro, que contaram com a presença de Bolsonaro e de diversos ministros do governo, o presidente voltou a levantar, sem provas, suspeitas sobre a integridade das urnas eletrônicas.

    Isso ocorreu mesmo após a proposta de adoção do voto impresso das urnas eletrônicas, defendida pelo chefe do Executivo, ter sido derrotada na Câmara dos Deputados.

    Distribuição de dinheiro para manifestantes

    Segundo o despacho desta quarta-feira, o material a ser juntado no inquérito é um vídeo divulgado nas redes sociais que mostra cenas do interior de um ônibus supostamente oriundo de Pompeia, interior de São Paulo.

    Nas imagens, um homem trajando camiseta com dizeres de apoio ao voto impresso e distribuindo dinheiro para os ocupantes do veículo, que seriam supostos manifestantes bolsonaristas.

    “Há também notícias nos grandes veículos de comunicação e redes sociais, que apontam que foram confeccionados bonés e roupas, com a mesma finalidade e com eventual intuito eleitoral, o que pode ainda caracterizar possível campanha eleitoral antecipada”, explicou Salomão.

    Para o corregedor, o conteúdo do vídeo e também as notícias veiculadas podem ter conotação de abuso de poder econômico e político, de modo que dever ser inserido no escopo do inquérito.

    “Determino a juntada aos autos do respectivo arquivo de vídeo e seu encaminhamento à Policial Federal responsável pelas apurações deste procedimento, com cópia desta decisão, para que seja providenciada sua transcrição e o aprofundamento das investigações junto às pessoas envolvidas, no prazo de 20 dias”, decidiu o ministro.

    (Com informações da Reuters*)

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