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    TSE rejeita recurso e mantém inelegibilidade do “Faraó dos Bitcoins”

    Glaidson foi preso em 25 de agosto de 2021, em decorrência da operação Kryptos, deflagrada pela Polícia Federal (PF)

    Gabriela Coelhoda CNN , em Brasília

    Por unanimidade, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou um recurso e manteve o indeferimento da candidatura de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó dos Bitcoins”.

    Os ministros se basearam na Lei Complementar (LC) nº 64/1990, por ter exercido atividade de gestão em duas empresas prestadoras “de serviços de terceirização de trader em criptoativos” que estão em recuperação judicial.

    Segundo o dispositivo da lei, são inelegíveis “os que, em estabelecimento de crédito, financiamento ou seguro, que tenham sido ou estejam sendo objeto de processo de liquidação judicial ou extrajudicial, hajam exercido, nos 12 meses anteriores à respectiva decretação, cargo ou função de direção, administração ou representação, enquanto não forem exonerados de qualquer responsabilidade”.

    O relator do recurso, ministro Benedito Gonçalves, disse no voto que, segundo o processo, as atividades exercidas foram apuradas pela Polícia Federal (PF).

    O candidato teve a sua candidatura impugnada em 23 de agosto pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). Ele pediu o registro de candidatura ao cargo de deputado federal pelo Democracia Cristã (DC).

    Glaidson foi preso em 25 de agosto de 2021, em decorrência da operação Kryptos, deflagrada pela Polícia Federal (PF).

    O empresário é acusado de chefiar um esquema de pirâmide que movimentou bilhões de reais por meio de uma consultoria de bitcoins que atuava no município de Cabo Frio, no Rio de Janeiro.

    Na sua candidatura pelo portal Divulgacand, ele declarou à Justiça Eleitoral um total de R$ 60,4 mil em bens, sendo R$ 450 mil em um “apartamento” e R$ 60 milhões em “quotas ou quinhões de capital”.

    O apelido de Glaidson Acácio deriva do império relacionado a sua empresa, G.A.S consultoria, cujos movimentações financeiras estariam na casa dos bilhões de reais.

    Segundo as investigações, a promessa da organização era de um retorno de até 15% do valor investido pelos clientes.

    A proposta da empresa seria semelhante ao que faz um fundo de investimento, no qual o adquirente investe uma quantia e recebe rendimentos. No entanto, de acordo com a Receita Federal, quando se trata de um mercado volátil, como o dos criptoativos, não é possível assegurar uma rentabilidade fixa.

    A CNN tenta contato com a defesa do empresário.

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