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    Eleições 2022

    TSE nega pedido de resposta de Bolsonaro contra propaganda de Lula

    Coligação do presidente havia acionado o tribunal contra falas que teriam “o sentido de levar o eleitor a crer que o candidato Lula foi absolvido em processos judiciais”

    Vista da sede do TSE em Brasília
    Vista da sede do TSE em Brasília Adriano Machado/Reuters (11.dez.2022)

    Gabriela Bernardesda CNN

    Em Brasília

    O ministro Paulo de Tarso, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou, neste sábado (22), um pedido de direito de resposta do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PL), que contestava uma propaganda eleitoral do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    A campanha de Bolsonaro havia acionado o tribunal com a justificativa de que, em alguns programas eleitorais petistas, teriam “o sentido de levar o eleitor a crer que o candidato Lula tenha sido absolvido em processos judiciais contra si deflagrados”. Segundo a coligação do presidente, estes eram fatos “sabidamente inverídicos e descontextualizados”.

    O ministro considerou que o exercício do direito de resposta é viável apenas quando “for possível extrair, das afirmações apontadas, fato sabidamente inverídico apto a ofender, em caráter pessoal, o candidato, partido ou coligação”. Paulo de Tarso ainda considera que o pedido de direito de resposta deve ser concedido apenas em casos excepcionais.

    “Nesse contexto, a publicidade impugnada não veicula fato sabidamente inverídico, bem como não extrapola o direito à crítica inerente ao processo eleitoral a ponto de justificar a interferência desta Justiça especializada. Qualquer intervenção judicial no livre mercado de ideias políticas e eleitorais deve ser excepcionalíssima, minimalista e necessariamente cirúrgica, sob pena de inconstitucional cerceamento do próprio direito à livre informação pelo eleitor”, afirmou o ministro.

    *Estagiária sob supervisão de Leandro Bisa