Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    TSE julga na próxima terça ação contra chapa Bolsonaro-Mourão

    Ação apura supostos ataques cibernéticos em benefício da chapa vitoriosa nas Eleições de 2018

    Gabriela Coelho , Da CNN, em Brasília

    O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, incluiu na pauta da sessão da próxima terça-feira (9) o julgamento de duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) que apuram supostos ataques cibernéticos em grupo de Facebook para beneficiar a campanha do então candidato a presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) e de seu candidato a vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), nas Eleições de 2018. 

    O julgamento das ações teve início em novembro de 2019, com o voto do relator, ministro Og Fernandes, que se manifestou pela improcedência das ações. O ministro Edson Fachin pediu vista dos processos, ou seja, mais tempo para analisar o caso. Em seu voto, em novembro de 2019, o relator, ministro Og, afirmou que, mesmo que a invasão da página tenha sido comprovada por provas e por informações prestadas pelo Facebook, as investigações não foram conclusivas quanto à sua verdadeira autoria. 

    “A invasão ao perfil em rede social perpetrada por menos de 24 horas não teve gravidade capaz de causar ofensa à normalidade e à legitimidade do pleito que possa repercutir em outras áreas do Direito, como a civil e a penal. Assim, a rigorosa sanção de cassação do registro ou do diploma tem amparo em situações excepcionais e somente deve ser aplicada quando houver provas robustas, fortes e contundentes de autoria e participação”, disse o relator. 

    Leia e assista também

    TSE rejeita acelerar cassação da chapa de Bolsonaro

    Alexandre de Moraes pretende usar provas das fake news no TSE

    As ações foram apresentadas pelas coligações de Marina Silva (PV) e Guilherme Boulos (Psol), candidatos à presidência em 2018. Eles apontaram abuso eleitoral e pediram a cassação dos registros de candidatura, dos diplomas ou dos mandatos de Bolsonaro e Mourão, além da declaração de inelegibilidade.

    “Durante a campanha, em setembro de 2018, o grupo virtual ‘Mulheres Unidas contra Bolsonaro’, que reunia mais de 2,7 milhões de pessoas, sofreu ataque de hackers que alteraram o conteúdo da página. As interferências atingiram o visual e até mesmo o nome da página, modificado para “Mulheres COM Bolsonaro #17”, que também passou a compartilhar mensagens de apoio aos então candidatos e conteúdos ofensivos, bem como excluir participantes que o criticavam”, relatam os autores nas ações. 

    As ações alegam ainda que o presidente Jair Bolsonaro teria publicado em seu perfil oficial no Twitter a mensagem “Obrigado pela consideração, mulheres de todo o Brasil!”, acompanhada de foto da página modificada do grupo, o que sinalizaria forte elemento da provável participação do então candidato no episódio ou, no mínimo, de sua ciência. 

    Ações

    O TSE tem outras seis ações que questionam a chapa eleita em 2018. Quatro delas apuram irregularidades na contratação do serviço de disparos em massa de mensagens pelo aplicativo WhatsApp durante a campanha eleitoral. No último dia 29 de maio, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Og Fernandes deu prazo de três dias para que os envolvidos se manifestem sobre o pedido. 

    Uma outra ação trata da colocação de outdoors em pelo menos 33 municípios de 13 estados aguarda ser pautada para julgamento. Há, ainda, um outro processo que investiga o uso indevido de meios de comunicação — esta ação foi negada, mas o recurso contra esta negativa está pendente de julgamento.

    Tópicos