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    TSE inicia à 0h desta sexta-feira (22) julgamento de recurso contra inelegibilidade de Bolsonaro

    Ministros da Corte Eleitoral terão até a quinta-feira da próxima semana para colocarem seus votos no plenário virtual

    Pedro Jordãoda CNN* , São Paulo

    O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa a julgar à meia-noite desta sexta-feira (22) o recurso da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a decisão da corte que o tornou inelegível.

    A análise dos ministros se dará no plenário virtual, no qual eles só precisam depositar o voto virtualmente, sem ter que defender a decisão oralmente no plenário.

    Os ministros terão até 23h59 da quinta-feira (28) para votaram se acatam ou não o recurso da defesa.

    Caberá ao ministro Benedito Gonçalves, relator do processo no TSE, analisar o recurso e levar seu voto ao plenário virtual.

    Os demais ministros poderão segui-lo, concordando com a decisão dele, ou discordar apresentando outro voto.

    O que diz a defesa

    O recurso dos advogados de Bolsonaro contra a inelegibilidade dele foi apresentado no dia 7 de agosto.

    Eles alegam que o ex-presidente teve seu direito à defesa “cerceado” e que as questões apresentadas por eles durante o processo não foram devidamente analisadas.

    Dizem também que o TSE pode ter violado a Constituição Federal em sua decisão.

    No recurso, a defesa ainda citou supostas nulidades no julgamento relacionadas a pedidos de depoimentos de testemunhas, produção e inclusão de outras provas no processo.

    O recurso apresentado ao TSE serve como uma “contestação prévia”, necessária para entrar com um recurso no STF sobre o mesmo tema.

    Durante o julgamento, os advogados apresentaram três linhas de defesa:

    • de que não houve falas sobre fraude no sistema eleitoral;
    • pediram mesma jurisprudência usada para a chapa Dilma RousseffMichel Temer;
    • fim do sigilo em trechos do processo.
    Relembre a condenação de Bolsonaro

    A corte eleitoral, por 5 votos a 2, tornou Bolsonaro inelegível por oito anos (até 2030) em 30 de julho.

    A condenação se deu pelo caso da reunião que ele fez em julho de 2022 com embaixadores para atacar sem provas o sistema eleitoral. A ação foi protocolada na Justiça pelo PDT.

    A maioria da Corte entendeu que o ex-presidente cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na situação.

    O TSE, no entanto, livrou da condenação e da inelegibilidade o então candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022, Walter Braga Netto.

    *Com informações de Lucas Mendes, Teo Cury, Mayara da Paz e Douglas Porto, da CNN

    Veja também: Mauro Cid em delação premiada: Bolsonaro discutiu minuta do golpe com militares

     

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