Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Eleições 2022

    TSE e Telegram fazem parceria pelo combate à desinformação

    Plataforma terá canal oficial da Corte para divulgar informações oficiais sobre as eleições e combater as notícias falsas

    Logo do Telegram
    Logo do Telegram 13/04/2018REUTERS/Ilya Naymushin

    Por Ricardo Brito, da Reuters

    O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Telegram formalizaram um acordo de colaboração mútua para enfrentamento da desinformação no qual a plataforma terá, entre outras iniciativas, um canal oficial da Corte para divulgar informações oficiais sobre as eleições e combater as notícias falsas.

    Segundo comunicado do tribunal, o TSE é o “primeiro órgão eleitoral no mundo a assinar um acordo com a plataforma que envolve cooperação e ações concretas”.

    A Corte destacou que a parceria prevê um suporte da equipe técnica do Telegram para o desenvolvimento de um robô para tirar dúvidas dos usuários sobre as eleições e também o desenvolvimento de uma nova funcionalidade na plataforma para marcação de conteúdos desinformativos.

    A plataforma se comprometeu a apoiar o TSE na divulgação do canal para todos os usuários do Telegram no país a disponibilizar um canal extrajudicial para que o TSE realize denúncias na plataforma e também a fornecer informações e relatórios sobre o desenvolvimento das eleições.

    No final de março, o Telegram havia assinado o termo de adesão ao programa de combate à desinformação promovido pelo TSE, época em que era o único entre os principais aplicativos de mensagens e redes sociais que não havia fechado ainda uma colaboração com o tribunal com vistas à campanha eleitoral deste ano.

    Poucos dias antes daquela ocasião, o Telegram chegou a ser alvo de uma suspensão no Brasil, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes havia determinado a suspensão integral do aplicativo por descumprimento de determinação de bloqueio e desmonetização de contas ligadas ao blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, considerado foragido da Justiça no inquérito que investiga milícias digitais e produção de notícias falsas.

    Moraes depois revogou a determinação de suspensão do Telegram após o cumprimento pelo aplicativo de ordens do STF que estavam pendentes. Nesse meio tempo, Pavel Durov, fundador e presidente-executivo do Telegram, publicou pedido de desculpas endereçado ao Supremo.

    O Telegram é um dos principais aplicativos de mensagens usado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e por aliados dele.