Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    TSE arquiva ação contra chapa de Bolsonaro por uso de outdoors em campanha

    Relator, ministro Og Fernandes, votou pelo arquivamento da ação. Para ele, o outdoor não teve capacidade de influenciar nas eleições

    Gabriela Coelho, da CNN em Brasília

     

    Por unanimidade, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta terça-feira (23) arquivar uma ação que pede a cassação da chapa presidencial Jair Bolsonaro-Hamilton Mourão, movida pelo PT, que investiga o uso de outdoors com padrões em favor da campanha vitoriosa em 2018. Cabe recurso à decisão.

    O relator, ministro Og Fernandes, votou pelo arquivamento da ação. Para ele, o outdoor não teve capacidade de influenciar nas eleições. 

    “Não houve a comprovação da parte autora da quantidade precisa de outdoors instalados, tampouco da sua real abrangência territorial, elementos que poderiam permitir a aferição exata da capacidade da conduta para interferir na normalidade das eleições. Além disso, não está clara a exata delimitação do lapso temporal em que os outdoors permaneceram expostos”, disse o ministro. 

    Assim, para o relator, “não é possível afirmar que a instalação de outdoors em alguns municípios de alguns estados tenha revelado gravidade suficiente a ponto de provocar um desequilíbrio na eleição presidencial de 2018, cuja abrangência dizia respeito a 27 unidades da federação, com 5.570 municípios.”

    Leia também:

    TSE consulta STF sobre provas em outro processo contra chapa de Bolsonaro

    TSE não é ator político e julgará Bolsonaro com base em provas, diz Barroso

    Relator de ação contra Bolsonaro no TSE pede dados de perícias sobre fake news

    O relator foi seguido pelos ministros Luís Felipe Salomão, Tarcísio Vieira, Sergio Banhos, Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, presidente da corte. 

    O processo, apresentado pelo PT, afirma que a campanha de Bolsonaro estava por trás do uso de outdoors em 33 municípios, de 13 Estados. Para o partido, as peças apresentavam semelhanças. Na época, o então candidato afirmou que esse tipo de publicidade era espontânea. 

    Essa é a terceira das oito ações que tentam cassar a chapa Bolsonaro-Mourão que vai a julgamento pelo TSE. Na semana passada, em um julgamento conjunto, o tribunal voltou a apreciar outras duas ações que contestavam a eleição deles em razão da invasão hacker de uma página no Facebook contrária a Bolsonaro que se tornou favorável. Esses dois processos foram adiados após pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes.

    Tópicos