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    Tribunal de Contas identifica falhas na Operação Tapa-Buracos na cidade de SP

    Prefeitura diz que reparos são refeitos sem pagamento adicional, quando comprovados serviços irregulares

    João Victor AzevedoElis Francoda CNN , São Paulo

    Auditores do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM-SP) apontaram uma série de problemas na Operação Tapa-Buracos, promovida pela Prefeitura.

    Entre quarta (30) e quinta (31), doze auditores do TCM fiscalizaram o serviço de seis empresas contratadas pela Prefeitura de São Paulo para a Operação Tapa-Buracos. Os técnicos analisaram mais de 40 buracos em diferentes vias da capital.

    O relatório preliminar do Tribunal de Contas do Município aponta que há uma clara tentativa da Prefeitura de tapar buracos em ruas com “alto grau de degradação”. Segundo o órgão, essa seria uma solução apenas paliativa.

    As empresas que atuam no programa, segundo constatou o TCM, têm desviado sua finalidade ao promover um recapeamento de vias em vez de tapar buracos pontuais no asfalto.

    Os contratos preveem pagamento por massa asfáltica aplicada, portanto a prática é financeiramente vantajosa às contratadas causando prejuízo à população e aos cofres públicos, segundo a auditoria.

    Os auditores relataram ainda outras falhas executivas, como problemas na preparação do solo para aplicação do asfalto. Os técnicos identificaram que a falta de limpeza adequada e compactação afetam diretamente a durabilidade do reparo. O TCM espera finalizar o documento ainda neste mês de setembro.

    Em nota, a gestão do prefeito Ricardo Nunes afirmou que a Operação Tapa-Buraco é fiscalizada por agentes da própria Prefeitura, e quando constatada uma falha, os serviços são refeitos sem pagamento adicional às empresas.

    A Prefeitura afirmou ainda que toda demanda de tapa-buraco tem um acompanhamento em tempo real pelo SGZ (Sistema de Gerenciamento de Zeladoria), que realiza uma medição on-line do trabalho executado.

    A assessoria de imprensa da Prefeitura de São Paulo também informou à CNN que não teve acesso ao relatório preliminar do TCM e que irá responder diretamente ao órgão.

    Veja também: Prefeitura de São Paulo começa a retirar barracas de moradores de rua

    *Sob supervisão de Marcos Rosendo

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