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    TRE do Paraná marca julgamento de processo que pode cassar Moro para 1º de abril

    Julgamento tinha sido adiado enquanto TRE aguardava nomeação de sétimo membro do colegiado

    Julgamento pode levar à cassação de mandato do senador
    Julgamento pode levar à cassação de mandato do senador 22/03/2023REUTERS/Adriano Machado

    Manoela Carluccida CNN*

    São Paulo

    O Tribunal Regional do Paraná marcou para o dia 1º de abril o julgamento de um processo movido pelo PL e pela federação formada pelo PT, PCdoB e PV contra o senador Sergio Moro (União).

    O tribunal reservou ainda mais duas datas, no dia 3 e 8 de abril, para continuidade da sessão, caso seja necessário.

    O julgamento, que pode levar à cassação do mandato do senador, tinha sido adiado porque o TRE aguardava a nomeação de um sétimo membro do colegiado para sua realização.

    A definição ocorreu na última quinta (22), quando o advogado José Rodrigo Sade, escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve seu nome publicado no Diário Oficial da União para integrar a composição do tribunal.

    O senador Sergio Moro não irá se manifestar.

    Acusação contra Moro

    O senador é acusado de um suposto abuso de poder econômico.

    Segundo a acusação movida pelos partidos, Moro seria responsável por um suposto desequilíbrio eleitoral, uma vez que teria se beneficiado de suas atividades na pré-campanha presidencial para disputa de vaga no Senado.

    Moro foi pré-candidato a presidente na eleição de 2022 e acabou desistindo. Depois, decidiu concorrer a uma vaga para o Congresso e conseguiu se eleger.

    Outro lado

    Em dezembro do ano passado, Moro prestou depoimento no TRE-PR e que negou qualquer irregularidade em sua campanha ao Senado. “Me sinto agredido e não me sinto confortável em participar de um teatro”, disse a jornalistas depois do julgamento.

    À Justiça Eleitoral, a defesa de Moro argumentou que a arrecadação de recursos e os gastos pré-campanha não precisam ser submetidas à prestação de contas eleitorais exigida pela legislação brasileira.

    Sobre a participação em eventos do Podemos e do União Brasil, os advogados afirmam que Moro “emprestou sua imagem e prestígio públicos em prol das plataformas políticas defendidas pelas agremiações, auferindo benefícios mínimos dada sua notoriedade que há muito precede seu ingresso no mundo político”.

    O indeferimento da transferência de domicílio eleitoral é colocado como uma prova de que os eventos de pré-campanha foram realizados em São Paulo, sendo “irrelevantes para a análise do caso sob a ótica da interferência na eleição do Paraná”, ainda de acordo com a defesa do ex-juiz.

    *Sob supervisão de Marcelo Freire