‘Tomo qualquer vacina certificada pela Anvisa’, diz Mourão
Vice-presidente respondeu a pergunta de entrevista sobre Coronavac, vacina chinesa testada no Brasil pelo Instituto Butantan, ligado ao Governo de São Paulo
“Eu tomo qualquer vacina, não tenho problema nenhum, desde que seja certificada pela Anvisa. A Anvisa certificando, eu estou pronto para tomar, até porque eu tenho 67 anos e faço parte do grupo de risco”, disse Mourão, questionado em entrevista para o canal do advogado e jornalista Paulo Roque.
A Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech, é testada no Brasil pelo Instituto Butantan, entidade ligada ao Governo de São Paulo.
O imunizante já foi oferecido ao Ministério da Saúde, mas ainda não há acordo para compra das doses que serão produzidas ou importadas pelo Butantan.
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Quando a Coronavac teve os testes provisoriamente suspensos pela Anvisa, no início de novembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que “ganhou mais uma” e criticou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
“Morte, invalidez, anomalia… Esta é uma vacina que o Doria queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O presidente disse que a vacina jamais poderia ser comprada. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, afirmou a conta oficial de Bolsonaro na rede social.
No dia 21, o presidente afirmou, também nas redes sociais, que “qualquer vacina, antes de ser disponibilizada à população, deverá ser comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa”.
A certificação por parte da Anvisa é uma exigência para qualquer vacina ser aplicada no Brasil. Neste momento, negociações tratam de possíveis previsões para a inclusão no Programa Nacional de Imunização.
O Brasil já tem um contrato para fornecimento de vacinas com o projeto da AstraZeneca e da Universidade de Oxford, que também ainda não foi certificada pela Anvisa. Nesta semana, o Congresso Nacional aprovou o repasse de R$ 1,9 bilhão para o projeto do imunizante.
Atualmente, quatro potenciais vacinas estão na Fase 3 dos testes para a certificação. A de Oxford/AstraZeneca, a Coronavac, a da americana Pfizer com a alemã BioNTech e a da Johnson & Johnson.