Toffoli vai decidir sobre depoimento de Bolsonaro
Manifestação da PGR foi protocolada já no recesso do STF, o que impediu que fosse encaminhada para o relator do caso, ministro Celso de Mello
A petição em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) sugere que o presidente Jair Bolsonaro possa escolher a forma de depor no inquérito em torno das acusações do ex-ministro Sergio Moro foi encaminhada para o gabinete do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.
No documento, o procurador-geral, Augusto Aras, afirma que Bolsonaro teria o direito de optar por depoimento presencial ou por escrito.
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A manifestação de Aras foi protocolada ontem (2), já no recesso do STF, o que impediu que fosse encaminhada para o gabinete do relator do caso, ministro Celso de Mello. Tofolli é responsável pelo plantão durante a interrupção as atividades normais do Supremo.
Ao se pronunciar em outros casos, Mello decidirá que investigados (o que é o caso de Bolsonaro) não poderiam ser ouvidos por escrito. Agora, caberá a Tofolli decidir se acata a sugestão de Aras ou se aguarda o fim do recesso, em agosto — neste caso, a definição sobre o depoimento seria do relator.