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    Tiroteio tem a ver com “questão territorial” e não eleitoral, avalia Tarcísio

    Candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas cumpria agenda em Paraisópolis (SP) quando disparos foram efetuados; uma pessoa morreu

    Renata Souzada CNN , em São Paulo

    Em pronunciamento nesta segunda-feira (17), o candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que o tiroteio próximo ao local em que cumpria agenda de campanha, em São Paulo, nesta segunda-feira (17), tem relação com uma “questão territorial”.

    “Foi um recado, um recado claro do crime organizado, dizendo o seguinte: ‘vocês não são bem-vindos aqui. A gente não quer vocês aqui dentro’. Para mim, é uma questão territorial, não tem nada a ver com uma questão política, não tem nada a ver com uma questão eleitoral”, disse.

    Segundo informações do secretário de Segurança Pública de São Paulo, João Camilo Pires, uma pessoa morreu durante o ocorrido.

    Tarcísio conta que os disparos começaram a ser ouvidos quando o grupo estava no terceiro andar do edifício que estava sendo visitado.

    Neste primeiro momento, o candidato relata ter pensado que era “algo para intimidar, para dizer: ‘olha, vocês não são bem-vindos aqui’, mas achei que fosse ficar nisso”, contou. Segundo Tarcísio, após alguns minutos, o barulho aumentou e as pessoas começaram a orientar que os presentes se protegessem e que o candidato fosse retirado do local.

    “Houve uma troca de tiros, até o momento em que a minha equipe entra e diz ‘olha, conseguimos estabelecer a segurança para você sair'”, narrou o candidato. Após isso, Tarcísio teria deixado o local utilizando uma vã, acompanhado de outras pessoas da comitiva e de alguns membros da imprensa.

    De acordo com o candidato, mais tarde, a equipe de segurança que estava atuando na agenda relatou ter visto quatro motocicletas, com duas pessoas cada, rondando o local e fotografando os seguranças. O grupo teria, então, deixado o local e voltado armado, iniciando o tiroteio.

    “Queria enaltecer aqui a atuação a Polícia Militar que foi muita rápida, foi muito diligente. Conseguiu, rapidamente, contornar a situação estabelecer a segurança, para que a gente pudesse sair dali”, acrescentou Tarcísio.

    Próximo ao horário em que Tarcísio fez o pronunciamento, o presidente Jair Bolsonaro (PL) — que apoia a candidatura de Tarcísio ao governo paulista — afirmou, no Palácio do Alvorada, que havia conversado com o aliado e sido atualizado sobre o que se sabe até o momento.

    “Parece que uma pessoa tombou em combate, não foi do nosso lado, foi do lado de lá. A gente fica muito feliz que não foi do nosso lado. Ele vai falar, já deve ter falado, o que aconteceu lá. Pelo que ele me disse não foi por acaso. Pelas filmagens a pessoa de moto já fazia um patrulhamento de região e o objetivo do tiroteio foi para intimidar a presença lá”, disse.

    Contexto

    Na manhã desta segunda-feira (17), um tiroteio foi registrado próximo ao local em que o candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) estava para uma agenda de campanha.

    A comitiva do candidato estava em Paraisópolis, zona Sul de São Paulo, para participar da inauguração do Primeiro Polo Universitário de Paraisópolis (Casa Belezinha).

    Bolsonaro fez seus primeiros comentários sobre o caso algumas horas após a ocorrência, dizendo que tudo era “preliminar”. Na ocasião, o presidente defendeu que seu aliado reforce sua segurança.

    “O Tarcísio pode requerer aos órgãos competentes a segurança. Tenho conversado com ele sobre isso. Esse evento de hoje, sendo ou não contra ele, é um sinal que ele deve se preocupar mais ainda com a sua segurança”, complementou o presidente.

    *Com informações de Felipe Andrade e André Rigue, da CNN

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