Tesoureiro do PSDB diz que só Doria tem direito a ser candidato
Para Cesar Gontijo, as prévias realizadas pelo partido em novembro não indicam um nome, mas sim elegem um indicado do partido para disputar as eleições
![João Dória durante evento no Palácio dos Bandeirantes em que anunciou a manutenção de sua candidatura à Presidência da República João Dória durante evento no Palácio dos Bandeirantes em que anunciou a manutenção de sua candidatura à Presidência da República](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2022/03/FUP20220331242-e1648760214971.jpg?w=1220&h=674&crop=1&quality=50)
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Vencedor das prévias do PSDB realizadas em novembro, o ex-governador de São Paulo João Doria é o único tucano que tem direito a ser candidato nas eleições presidenciais de 2022 e a utilizar recursos do partido para tanto, disse à CNN o tesoureiro da sigla, Cesar Gontijo.
“Até o fim de julho, quando é liberado o fundo eleitoral, o único com legitimidade para ter despesas de pré-candidato é João Doria. Só ele pode usar os recursos – diga-se de passagem, públicos – que o PSDB reservou para o vencedor das prévias”, explicou o tucano.
Gontijo havia publicado no último sábado (2) um texto no qual afirma que “a prévia não indica, ela elege”. “Não há nada, absolutamente nada, que se sobreponha a essa decisão, ela é soberana”, disse o tesoureiro.
“Assim, o ex-governador Eduardo Leite é livre para pleitear qualquer outro cargo, mas o de presidenciável, por decisão do PSDB e da Federação, já está ocupado e não está aberto a este tipo de especulação.”
Em entrevista nesta terça-feira à CNN, Leite disse considerar “grande” a chance de a chamada terceira via construir coletivamente uma candidatura única à Presidência da República nas eleições de 2022, deixando em aberto o que havia afirmado na véspera, à Rádio Eldorado: de que o PSDB poderia apoiar a candidatura de outro partido, como a da senadora Simone Tebet (MDB-MS) – tendo o próprio gaúcho como vice.
O tesoureiro do PSDB lembra que o partido gastou R$ 11 milhões com a realização das prévias, recursos consumidos tanto para a organização da eleição quanto para deslocamentos dos pré-candidatos – além de Doria e Leite, o ex-senador Arthur Virgílio disputou a indicação – e dos dirigentes e mandatários.
Apoiadores do ex-governador gaúcho consideram ser possível reverter a decisão das prévias na convenção nacional do partido, o que é contestado pelos aliados do pré-candidato.
“Realizadas as prévias, a convenção se torna homologatória. A base deu um mandato a João Doria e, se ele quiser, vai até o final”, disse Gontijo.
“Não vejo sentido político em o PSDB, que desde seu primeiro ano de existência disputa eleições presidenciais, abrir mão para ser vice de uma pré-candidata que tem desempenho inferior ao nosso?”