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    Tentativa de golpe não se materializou e é necessário investigar, diz Rogério Marinho à CNN

    Para o líder da oposição no Senado, o fato tem que ser repudiado de pronto

    Douglas Portoda CNN

    em São Paulo

    Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, declarou, nesta quinta-feira (4), em entrevista à CNN, que não foi concretizada a tentativa de golpe de Estado, em dezembro de 2022, discutida por Ailton Barros, ex-major do Exército, advogado e aliado de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

    Para o ex-ministro do Desenvolvimento Regional do governo Bolsonaro, o fato tem que ser repudiado e investigado.

    “Sobre os áudios: eu não tive acesso a eles ainda, apenas vi uma manchete, acho que foi na própria CNN, mas, de qualquer forma, foram capturados no telefone de um assessor do ex-presidente que também está envolvido nesse processo, acho que do tenente-coronel Cid, que alguém se dirigiu a ele. O fato é que isso não ocorreu, o pretenso provável situação colocada no áudio não se materializou”, afirmou Marinho.

    “Então tem que se avaliar, tem que se verificar, tem que se investigar para verificar até que ponto essa situação configura de fato uma tentativa articulada de se golpear o Estado democrático, que todos nós repudiamos de pronto”, continuou.

    Áudios

    CNN teve acesso à transcrição de três áudios, que estão em posse da PF. Nos arquivos, Ailton descreve o “conceito da operação”. No plano, deveria haver participação do então comandante do Exército, Freire Gomes, ou de Jair Bolsonaro, então presidente da República.

    Também foi idealizada a prisão de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    Segundo a Polícia Federal (PF), o aliado de Cid também integrou o que foi identificado como uma associação criminosa que forjou registros de vacinas para o ex-ajudante de ordens e outras pessoas, incluindo Bolsonaro. Ele também foi preso nesta quarta-feira (3), em operação da corporação sobre o caso.

    Também houve busca e apreensão na casa onde Bolsonaro mora com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, no Jardim Botânico, em Brasília. Na ocasião, foi apreendido o celular do ex-presidente.

    Para Marinho, “como houve a divulgação dos autos que ensejaram a operação tanto da Polícia Federal, tanto do Ministério Público, a decisão do ministro, ficou claro inclusive, que aquele que detém a necessidade de levantar a situação probatória, que é o Ministério Público Federal, não viu a necessidade de que se tivesse ocorrido aquela busca e apreensão na casa do ex-presidente”.

    “Nós deploramos essa situação e achamos que houve um excesso que precisa ser corrigido na hora em que nós voltarmos a essa tão sonhada normalidade democrática”, disse o senador.

    CNN entrou em contato com Jair Bolsonaro, Mauro Cid e Freire Gomes e aguarda retorno. Também estamos tentando contato com Ailton Barros.