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    Tecnologia facial e testemunhas: a saga da PF até prender suspeito de destruir relógio histórico

    Antônio Cláudio Ferreira foi preso em Uberlândia, a 110 km de Catalão, onde ele residia; mecânico foi filmado pelo sistema de câmeras do Palácio do Planalto depredando relógio do século 17

    Gustavo Uribeda CNN

    A Polícia Federal utilizou tecnologia de reconhecimento facial e fez buscas em área rural para encontrar o mecânico Antônio Cláudio Ferreira, detido na segunda-feira (23) pela suspeita de ter quebrado o relógio Balthazar Martinot.

    O mecânico, que residia em Catalão, em Goiás, foi preso em Uberlândia, em Minas Gerais, cidade a 110km de onde ele morava. Em depoimento à Polícia Federal, ele se manteve em silêncio.

    Após ser flagrado pelas câmeras de segurança do Palácio do Planalto destruindo o objetivo histórico, que remete ao século 17, a Polícia Federal utilizou tecnologia facial para descobrir a sua identidade.

    Com a identificação, os agentes se dirigiram a Catalão, na tentativa de descobrir seu paradeiro. Segundo relatos feitos à CNN, o automóvel do suspeito foi também flagrado pelas câmeras da Polícia Rodoviária Federal.

    Na cidade goiana, uma testemunha informou às forças policiais que o suspeito havia se escondido na zona rural do município. Após busca na região, um fazendeiro informou que, a pedido de Ferreira, tinha indicado a ele a residência de um parente em Uberlândia, onde o suspeito foi encontrado.

    Ferreira se manteve em silêncio em depoimento à Polícia Federal, que cumpriu nesta terça-feira (24) mandado de busca e apreensão contra ele. Uma das linhas de investigação é se ele foi financiado para participar do vandalismo do dia 08 de janeiro.

    O objeto histórico foi um presente da corte francesa ao então imperador do Brasil e Portugal. Segundo apurou a CNN, o vândalo retirou os ponteiros do relógio e uma estátua de Netuno, que era fixada no objeto.

    Em uma tentativa de recuperação da obra de arte, a embaixada da Suíça no Brasil tem negociado com a Presidência da República a possibilidade de uma relojoaria do país europeu, especializada em objetos históricos, fazer o trabalho de restauro.

    Na Presidência, no entanto, há dúvidas se, devido ao estrago, será possível recuperar o relógio. Pela antiguidade, ele já não funcionava regularmente.

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