Tebet defende teto de gastos e diz que não irá disputar reeleição se for eleita
Senadora afirma em sabatina que orçamento secreto pode ser o “maior esquema de corrupção do planeta”
A candidata à Presidência Simone Tebet (MDB) defendeu nesta quinta-feira (25) o teto de gastos e apontou o mecanismo como “a única âncora fiscal que sobrou” para economia brasileira. Ela destacou, porém, que a regra que limita os gastos públicos “pode ser melhorada”.
“A gente pode até dar outro nome, aprimorar e dar causas condicionantes. Mas eu estou dentro do Congresso há sete anos e garanto para vocês que, se não fosse o teto que ainda existe, e ele está furado, mas se não fosse o teto, o orçamento secreto não seria só de R$ 17 bilhões, ele seria muito mais”, disse em sabatina organizada pelos jornais O Globo, Valor Econômico e rádio CBN.
A emedebista voltou a defender que recursos direcionados à ciência e à tecnologia não estejam sujeitos ao teto. Ela mencionou a proposta pela primeira vez em entrevista na quarta-feira (24).
“De repente, da mesma forma como o Fundeb está fora do teto de gastos, quem sabe manter as regras da âncora fiscal do teto de gastos, mas tirar o investimento nas ciências e tecnologias do teto de gastos. Isso é educação, isso é futuro, isso não é gasto, é investimento. O que é investimento não pode contar dentro desse teto”, disse.
Além de mencionar o papel do teto em conter as emendas de relator, Tebet voltou a criticá-las. Ela disse que irá “acabar” com o “orçamento secreto” caso eleita.
“Acabar com orçamento secreto, dizer para onde está indo e pra onde não está indo. A gente pode estar diante do maior esquema de corrupção do planeta terra, maior do que o Petrolão do governo do PT, com essa medida”, afirmou.
Durante a entrevista, Tebet disse ainda que, se escolhida pelo voto popular em outubro, não irá disputar a reeleição. A senadora ainda afirmou que o presidente da Câmara dos Deputados estará autorizado a iniciar “um processo de impeachment” caso a promessa não seja cumprida.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.