Suspeita de gravação de conversa de Bruno Araújo delineou crise no PSDB
Conteúdo de conversa entre presidente do PSDB e aliados teria chegado a João Doria e motivado saída de Araújo da coordenação de campanha do ex-governador paulista
O presidente do PSDB, Bruno Araújo, tem dito a aliados que uma conversa privada sua, com outras quatro pessoas foi gravada, e chegou às mãos de João Doria, pré-candidato do partido à Presidência. As informações são da âncora da CNN Daniela Lima.
Araújo era coordenador da campanha de Doria até a sexta-feira passada (15), quando foi trocado por Marco Vinholi, presidente do PSDB em São Paulo.
Na conversa gravada, as pessoas, que Araújo conhece há bastante tempo, pediram ao presidente do PSDB uma análise crítica sobre a situação da candidatura de João Doria e da terceira via como um todo. Nesse ambiente privado, Bruno Araújo fez um raio-x do cenário eleitoral.
A conversa gravada chegou às mãos de Doria e foi o pano de fundo para a retirada de Araújo como coordenador da campanha do ex-governador paulista. Agora, a ordem no partido é tentar acalmar a crise.
“Pouco agregador”
Ao comunicar a troca, na sexta, a equipe de Doria afirmou, em nota, que Araújo teve postura “pouco agregadora”. “Araújo, que é presidente nacional do PSDB, havia sido convidado por Doria para a função. Mas em recentes manifestações durante entrevistas e encontros empresariais, relativizou a candidatura de Doria – que venceu democraticamente as prévias do partido em novembro. Essa postura, considerada pouco agregadora, motivou a decisão”, diz a nota.
Araújo, por sua vez, se manifestou no Twitter: “Ufa! Comando que nunca fiz questão de exercer. Aliás, ele sabe as circunstâncias em que e o porque “aceitei” à época. Aliás, objetivo cumprido!”, disse o presidente do PSDB.
Fotos – Os pré-candidatos à Presidência
- 1 de 11O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília - 20/06/2022 Crédito: CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
- 2 de 11Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT Crédito: Foto: Ricardo Stuckert
- 3 de 11O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) tenta chegar ao Palácio do Planalto pela quarta vez Crédito: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
- 4 de 11Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência Crédito: Divulgação/Flickr Simone Tebet
- 5 de 11Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência Crédito: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
- 6 de 11José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Bras
- 7 de 11Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018 Crédito: Romerito Pontes/Divulgação
- 8 de 11Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente Crédito: Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021
- 9 de 11Sofia Manzano (PCB) é candidata à Presidência da República nas eleições de 2022 Crédito: Pedro Afonso de Paula/Divulgação
- 10 de 11Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República - 02/08/2022 Crédito: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
- 11 de 11Padre Kelmon (PTB) assumiu a candidatura à Presidência após o TSE indeferir o registro de Roberto Jefferson (PTB) Crédito: Reprodução Facebook
(Publicado por Marcelo Tuvuca)