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    Sucessão de Lula e vaga no STF: como aliados de Dino explicam onda de ataques ao ministro

    Entorno do ministro entende que a repercussão que o caso da “dama do tráfico” ganhou é resultado de uma tentativa de grupos políticos de desgastar a imagem do ministro

    Renata Agostini

    A corrida pela próxima vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) e a disputa antecipada por quem será o sucessor político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são alguns dos elementos que estão por trás da nova leva de ataques a Flávio Dino, de acordo com integrantes da cúpula do Ministério da Justiça ouvidos pela CNN.

    O entorno de Dino entende que a repercussão que o caso da “dama do tráfico” ganhou é resultado de uma tentativa de grupos políticos de desgastar a imagem do ministro.

    Uma fonte lembra que, apesar de Dino reforçar nos bastidores não estar em campanha pelo STF, o posto é alvo de cobiça e a proximidade dele com Lula o levou a se tornar “vidraça”.

    Além disso, há a leitura de que o “pós-Lula” está no radar de muitos dentro do campo da esquerda e isso traz para o colo de Dino um constante “fogo amigo”. Ex-governador, Dino é filiado ao PSB e, apesar de ser aliado antigo de Lula, não faz parte dos quadros do PT.

    O próprio Dino tem dito a interlocutores que as ondas de ataque não surpreendem, já que a pasta mexe diretamente com interesses do crime organizado.

    O diagnóstico feito pelo ministro a pessoas próximas é que o caso da “dama do tráfico” tomou proporção “absurda”. Na visão dele, segundo relatos, é que se trata de uma agenda antiga com um secretário que “nem é dos mais conhecidos”.

    De qualquer forma, ele tem argumentado nos bastidores que o desgaste não deixa de ser um sinal de que o Ministério da Justiça tem ganhado protagonismo.

    Como mostrou a CNN, o Palácio do Planalto acionou Dino para transmitir apoio e preocupação com a escalada dos ataques.

    A avaliação externada por Lula a auxiliares foi a de que as críticas se tornaram pessoais e o governo tinha de reagir.

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