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    STF está disposto a rever pontos que pune imprensa por declarações de entrevistados, dizem fontes

    Entre os pontos que levantam dúvidas estão a responsabilidade do veículo nas entrevistas ao vivo e o esclarecimento do que são “indícios concretos” de que as declarações do entrevistado são mentirosas

    Estátua da Justiça, em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília
    Estátua da Justiça, em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília José Paulo Lacerda/Estadão Conteúdo - 20.out.2010

    Raquel Landimda CNN

    em São Paulo

    O Supremo Tribunal Federal (STF) está disposto a rever pontos da decisão que determina punição civil aos veículos de imprensa pelas declarações de entrevistados, dizem fontes da Corte à CNN.

    O STF foi alvo de críticas de associações de jornalistas sobre o tema.

    Em entrevista ao jornal “Folha de São Paulo”, o ministro Gilmar Mendes abriu essa possibilidade, que foi confirmada à CNN por duas fontes da corte.

    “Tem disposição para esclarecer melhor qualquer ponto”, disse uma fonte à CNN.

    Para isso, o Supremo precisa ser provocado por um recurso chamado embargos de declaração.

    Entre os pontos que suscitam dúvidas e podem ser alvo de esclarecimento estão a responsabilidade do veículo nas entrevistas ao vivo e o esclarecimento do que são “indícios concretos” de que as declarações do entrevistado são mentirosas.

    Juristas ouvidos pela CNN afirmam que a decisão do Supremo representa uma flexibilização da liberdade de imprensa, porque deixa a cargo do juiz determinar se as condições para a publicação de uma entrevista foram cumpridas ou não.

    Uma fonte do Supremo frisa que o acórdão da decisão, que vai ser escrito pelo ministro Edson Fachin, só deve ficar pronto perto do dia 10 de março. Depois haverá tempo para os recursos.

    A expectativa é de que a decisão só entre em vigor em meados do ano que vem, antes das eleições municipais.

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