Arthur Lira avisa ministros do Supremo que Daniel Silveira não ficará na CCJ
Deputado bolsonarista foi indicado como membro titular deste colegiado, considerado o mais importante, nesta quarta-feira
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), procurou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (27) para informá-los que o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) não permanecerá na composição da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
O contato de Lira com os magistrados aconteceu horas depois de a indicação de Silveira ter se tornado pública. De acordo com relatos feitos à CNN, Lira acionou o PTB para que o partido retire a indicação do deputado.
Arthur Maia (União Brasil-BA), presidente eleito para a CCJ nesta quarta-feira (28), afirmou a Daniel Adjuto que não foi avisado oficialmente sobre isso, mas, caso seja concretizado, o partido do parlamentar indicará um novo nome.
A CNN procurou Arthur Lira para comentários, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. A assessoria do PTB afirma que o deputado segue na comissão.
Daniel Silveira foi indicado como membro titular da CCJ também na quarta-feira, o que acontece após o Supremo tê-lo condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por ataques a ministros da Corte. Um dia após a decisão, o deputado recebeu indulto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), ou seja, não precisará cumprir a pena.
A Comissão de Constituição e Justiça é considerada a mais importante da Câmara porque delibera se os projetos de lei seguem a Constituição ou não. Se não forem aprovadas por este colegiado, as propostas não são apreciadas no Plenário.
Silveira e Bolsonaro se encontram
O presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu o deputado Daniel Silveira com abraços durante encontro com o parlamentar em um evento no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (27).
O encontro aconteceu um dia após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinar que a defesa de Silveira se manifeste em 48 horas sobre o parlamentar estar descumprindo uma série de medidas restritivas impostas pela Corte, entre elas usar tornozeleira eletrônica e não comparecer a eventos públicos.
Nesta quinta-feira (28), Bolsonaro afirmou se sentir “orgulhoso e feliz” por ter assinado o decreto de indulto ao deputado.