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    SP não recebeu um único respirador do governo federal, diz Doria

    O governador disse esperar que não haja seletividade política e escolha entre quem vivem e quem morre: "reagiremos"

    Governador do Estado de São Paulo, João Doria, durante coletiva de imprensa sobre coronavírus.
    Governador do Estado de São Paulo, João Doria, durante coletiva de imprensa sobre coronavírus. Foto: Governo do Estado de São Paulo - 13.mai.2020

    Na coletiva de imprensa desta segunda-feira (18), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que o estado não recebeu, até o momento, suporte do Ministério da Saúde para o combate ao novo coronavírus.

    O governador afirmou que o diálogo com o ex-ministro Nelson Teich, que pediu demissão na última sexta-feira (15), tinha sido produtivo, apesar das dificuldades que o ministro estava enfrentando na pasta. “Além de ser gentil no atendimento e na sua forma de comunicação, [Nelson Teich] disse que o Ministério estava com dificuldades em relação aos EPIs e respiradores, mas que faria entregas parciais. Ele tinha prometido, para a semana passada, 25 respiradores dentro do limite que tinha disponível”.

    “Não recebemos os 25 respiradores. É importante dizer que o epicentro do coronavírus no país, que é São Paulo, não recebeu um único respirador do Ministério da Saúde ao longo desses 70 dias de enfrentamento à pandemia, e ainda faltam 1.200 leitos, conforme mencionado pelo José Henrique Germann. Não recebemos um avental e uma máscara sequer”.

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    No encerramento da coletiva, Doria se dirigiu ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), afirmando que haverá reação do governo, caso a devida atenção não seja dada ao estado. “Eu espero que o governo federal, através do Ministério da Saúde, não faça seletividade política dos brasileiros que podem sobreviver e os que não podem sobreviver. Eu tenho a convicção de que isto não será feito. Se for feito, quero dizer que São Paulo vai reagir.”

    “Se tiver um Ministro da Saúde que não respeite a necessidade e a prioridade de São Paulo, o fato de sermos o epicentro de coronavírus no país, com um número de mortes maior do que 4.800 pessoas, mais de 63 mil casos, para não continuar a receber respiradores, EPIs, leitos e atenção desejadas, o governo federal está decretando a morte de pessoas. Sobre isso, nós reagiremos”.