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    SP: maioria dos evangélicos na capital é contra porte de arma e homeschooling, diz Datafolha 

    Foram ouvidos 613 paulistanos que se declaram evangélicos entre os dias 24 e 28 de junho; margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos

    Douglas Portoda CNN , São Paulo

    A maioria dos evangélicos na cidade de São Paulo é contra o porte de arma e o homescooling, de acordo com a pesquisa Datafolha divulgada no último sábado (20).

    Quando questionado se é a favor ou contra o cidadão possa ter uma arma para se defender:

    • 66% são contra;
    • 28% são a favor;
    • 4% são indiferentes;
    • e 2% não sabem.

    Há um ano, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) editou um novo decreto, que fez uma ampla restrição na circulação e acesso as armas no país, além de repassar do Exército para a Polícia Federal (PF) a fiscalização dos artefatos e munições.

    No caso do porte para defesa pessoal, o novo decreto reduz de quatro para duas as armas permitidas, e as munições, de 200 por arma, por ano, para 50. Também volta a ser exigida a comprovação de “efetiva necessidade”.

    As medidas representaram uma reversão da política de ampliação do acesso a armas colocadas em prática pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Em maio deste ano, a Câmara aprovou um decreto que suspendeu trechos do decreto de Lula. A medida está em análise pelo Senado.

    Homeschooling

    Já quando perguntado aos evangélicos se são a favor ou contra que pais possam dar aulas a crianças em casa, para não precisar que elas estudem numa escola,

    • 77% são contra;
    • 19% são a favor;
    • 3% são indiferentes;
    • e 1% não sabe.

    Em 2022, a Câmara aprovou um projeto que regulamenta a prática de educação domiciliar no país. Para usufruir da medida, de acordo com o texto, o estudante deve estar regularmente matriculado em uma instituição de ensino, que deverá acompanhar a evolução do aprendizado.

    A questão está em análise no Senado desde então.

    Aborto

    Em relação ao aborto deixar de ser crime:

    • 68% são contra;
    • 23% são a favor;
    • 4% são indiferentes;
    • e 5% não sabem.

    Já sobre se a mulher que interrompe uma gravidez seja processa e vá para cadeia:

    • 53% são contra;
    • 29% são a favor;
    • 7% são indiferentes;
    • e 11% não sabem.

    De acordo com a atual legislação, o aborto é permitido apenas em casos de estupro, de risco de vida da mãe ou anencefalia do feto. Quando questionados sobre a questão:

    • 48% dizem que deve continuar como é hoje;
    • 28% dizem que deve totalmente proibido em qualquer situação;
    • 17% dizem que deve ser permitido em mais situações;
    • 4% que deve ser permitido em qualquer situação;
    • 4% deram outras respostas;
    • e 2% não sabem.

    Em junho, a Câmara aprovou urgência para o projeto de lei 1904/24, que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio.

    Com a aprovação da urgência, o texto poderá ser analisado diretamente pelo plenário da Casa, sem necessidade de passar por comissões temáticas.

    A proposta é de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que é pastor evangélico, e aumenta de 10 para 20 anos a pena máxima para quem realizar o procedimento. O tempo de prisão seria, dessa forma, o mesmo para casos de assassinato.

    Além disso, o texto fixa o prazo de 22 semanas para o procedimento. Atualmente, não há no Código Penal um prazo máximo para o aborto legal, permitido em casos de estupro, risco de vida a mãe e anencefalia do feto.

    Metodologia

    Foram ouvidos pelo Datafolha 613 paulistanos que se declaram evangélicos entre os dias 24 e 28 de junho. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.

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