Solução para chancelar Simone Tebet no PSDB deve vir do RS
Impasses regionais adiaram reunião da executiva dos tucanos para 2 de junho. Cúpulas do PSDB e MDB esperam solucionar com possível candidatura da chapa Eduardo Leite (PSDB) e Gabriel Souza (MDB) no RS
O motivo do adiamento para 2 de junho da reunião ampliada da executiva nacional do PSDB para aprovar Simone Tebet (MDB) como candidata do partido e firmar a união com MDB e Cidadania em prol da terceira via vai além de resistências internas ao nome da emedebista.
PSDB e MDB têm impasses regionais no Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Diante de problemas quase insolucionáveis nos dois primeiros, a solução que está sendo negociada pelas cúpulas dos dois partidos viria pelo RS, com uma possível candidatura da chapa Eduardo Leite (PSDB) para governador e Gabriel Souza (MDB) para vice.
As informações são de dirigentes do PSDB e do MDB que falaram com a reportagem em caráter reservado.
No governo gaúcho, atualmente Souza é pré-candidato ao governo pelo MDB e aliado de Leite. Porém, no estado existe uma rivalidade histórica entre os dois partidos.
Ainda assim, as cúpulas avaliam que o impasse no estado seria o mais fácil de solucionar e, com isso, garantir a chancela ao nome de Tebet internamente no PSDB: Gabriel Souza desistiria de ser cabeça de chapa e viria como vice de Leite.
O MDB no Estado é o maior diretório do partido e precisa dos votos dos gaúchos para sacramentar Simone Tebet como candidata.
Em Pernambuco, o MDB tem aliança com o PSB, que comanda o governo local. O PSDB tem como candidata Raquel Lyra, ex-prefeita de Caruaru. Para resolver o impasse, MDB teria que deixar a base do governo para apoiar a candidata tucana, o que não deve acontecer, avaliam fontes da cúpula dos dois partidos.
Já no Mato Grosso do Sul, cada partido tem seu próprio candidato. O ex-governador Andre Puccinelli (MDB) é pré-candidato a governador e não abre mão. O candidato do PSDB é Eduardo Riedel, que negocia o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) e deve ter a ex-ministra Tereza Cristina (PP) como sua candidata ao Senado.
A cúpula avalia que solucionar o impasse pelo menos no Rio Grande do Sul já garantiria a chancela ao nome da emedebista na reunião prevista para o próximo dia 2 de junho. Mas, enquanto a solução não é concretizada, a data prevista da reunião para selar a aliança com o MDB ainda pode ser alterada.
Oficialmente os dois partidos não se manifestaram.
Debate
A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.
Fotos – Os pré-candidatos à Presidência
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