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    Eleições 2022

    “Sobrinho” de Maluf, pré-candidato posa ao lado de ex-governador em vídeos nas redes

    À CNN, o pré-candidato falou sobre o impacto do "malufismo" em sua trajetória e como avalia o legado deixado por Paulo Maluf como positivo

    Anna Gabriela Costada CNN , em São Paulo

    O pré-candidato a deputado estadual Alberto Haddad (PP-SP), conhecido como Albertinho, tem usado o ex-governador e ex-prefeito paulistano Paulo Maluf como “cabo eleitoral” em vídeos e posts nas redes sociais.

    Em entrevista à CNN, o pré-candidato falou sobre o impacto do “malufismo” em sua trajetória e como avalia o legado deixado por Paulo Maluf, que foi prefeito em São Paulo e governador do estado, além de deputado federal.

    Maluf foi condenado em 2017 pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de lavagem de dinheiro, com pena fixada em 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime fechado. Atualmente, cumpre em prisão domiciliar.

    Questionado se há uma preocupação em carregar o sobrenome político que pautou alguns episódios polêmicos, Albertinho reitera que não vê impacto negativo.

    “Não vejo como negativo, porque muitas vezes foi pintado como algo negativo porque não conhecem direito. E lógico, teve uma época que falavam muito dele por conta das notícias ruins, hoje em dia as pessoas começam pouco a pouco a reconhecer”, disse o sobrinho.

    “Eu fico muito feliz quando as pessoas me falam que não gostavam e não votavam nele, mas que hoje se arrependem porque veem o que ele fez, e depois que saiu, ninguém mais fez”, acrescenta.

    Apesar de chamar o ex-governador de tio, Alberto Haddad explica que, na verdade, acredita ser primo de terceiro grau de Maluf: “Minha bisavó é tia do pai dele, a minha avó também é parente, então tenho parentesco pelo meu avô e pela minha avó. Mas chamo de tio porque é o mesmo sangue, ele é mais velho que eu, me viu nascer”.

    Apoio na política

    Albertinho afirma que recebe o apoio do tio para entrar na vida pública. E que, apesar das limitações da idade de Maluf, que está com 90 anos, ele ainda considera seus ensinamentos.

    “Ele me apoia na política na medida do possível, ele não está mais totalmente ativo como ele era, está com 90 anos, não está mais com a cabeça de sempre, tem dificuldades às vezes pela idade. Mas lógico que me apoia. Ele sabe que tudo que aprendi eu aprendi com ele”, disse.

    Sobre os conselhos e as broncas que recebeu, ele lembra da cobrança por boas notas na escola, a sugestão para emagrecer e o de falar sempre a verdade.

    “Ele sempre falou: no que você entrar na sua vida, você entra para ser o melhor, se você não for o melhor, não entra. O lema dele é acordar cedo, trabalhar muito, dormir tarde e falar sempre a verdade. Ele sempre gostou muito de trabalhar, tudo que ele fez na política, todo cargo que ocupou, ele se dedicou integralmente, muitas vezes deixando o lado pessoal dele de lado para se dedicar à política”, afirmou Alberto.

    Se entrar na política, de acordo com o pré-candidato, o que ele levará de Paulo Maluf para seu cotidiano será o legado de “manter o estado de espírito do malufismo”.

    “Eu acho que o malufismo é um estado de espírito de quem quer ver as coisas resolvidas rápidas, quem quer ver as coisas serem feitas…[Ele] teve visão de futuro, teve visão a longo prazo. Esse tipo de coisa que eu levaria para a vida pública. A minha escola é a dele, eu tive o melhor professor, que é ele”, diz Albertinho.

    Debate

    A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais

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